Ainsatisfação de uma parcela da sociedade perante o processo de estruturação da Copa 2014 no Brasil deverá ficar mais evidente nesta sexta-feira (5), quando deve acontecer um ato público na Capital gaúcha. Sob a palavra de ordem “Por uma Copa do Povo!”, estudantes, torcedores e simpatizantes da causa vão estar na Esquina Democrática, ao meio-dia, reivindicando um campeonato transparente. A mobilização está sendo organizada pela Frente Nacional dos Torcedores (FNT), Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre! (Anel), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e pelo movimento estudantil.
O ato recebe o nome de “Fora Ricardo Teixeira” em alusão ao nome do presidente da CBF, que deu declarações polêmicas para a imprensa sobre sua gestão da Copa. Logo após a divulgação do depoimento os protestos começaram a surgir nas redes sociais, primeiro no Twitter e em seguida no Facebook. Dentro desta última mais de mil pessoas confirmaram presença para a mobilização em Porto Alegre.
Contudo, o debate não deve girar em torno de uma pessoa, conforme explicam os integrantes da Anel. “O que o Brasil vem vivendo, como as remoções das comunidades para a especulação imobiliária devido às obras para o mundial, são reflexos de uma lógica global dos megaeventos. Esse em especial não é voltado para a população em nenhum lugar do mundo”, afirmam os integrantes do movimento em comunicado emitido à imprensa.
Segundo dados do Comitê Popular da Copa de Porto Alegre, durante a realização do evento na África do Sul, mais de 20 mil moradores foram removidos e transferidos para áreas empobrecidas. Em Porto Alegre, segundo os organizadores do protesto, mais de 9 mil famílias serão removidas de suas casas.
“O ato reivindica o fim da corrupção, o fim das remoções que atacam os direitos humanos, condições dignas aos operários das obras, luta pela transparência nas licitações públicas e pelo ingresso acessível à população”, explica Ludimlla Fagundes, integrante da Anel no Rio Grande do Sul.
Jornal do Comércio
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