14/11/2012
Dois milhões e cem mil metros cúbicos de resíduos da construção civil são o que as obras da Copa do Mundo produzirão na Capital até 2014, incluindo a demolição do estádio Olímpico. A informação foi dada pelo secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal nesta terça-feira. “Atualmente, a produção de resíduos é de 72 mil metros cúbicos por mês na Capital”, afirmou.
A reunião foi convocada para discutir a destinação do material gerado por demolições em obras públicas e privadas. O problema, segundo ele, se agrava quando existem legislações federais, estaduais e municipais não aplicadas. “Elas não se falam, não se comunicam, o que torna nula sua eficácia”, observou o presidente da Cosmam, Beto Moesch (PP), denunciando a existência de aterros sem licença ambiental.
Alexandre Saltz, promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, afirmou que uma das maiores demandas da promotoria nos últimos dois anos tem sido o descarte indevido. “Ou está faltando fiscalização, ou a população não tem contribuído, ou talvez esteja se construindo demais em Porto Alegre para haver aumento nas reclamações”, disse.
De acordo com Alceu Rodrigues, representante do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), um dos problemas mais difíceis de serem controlados é o resíduo doméstico produzido pelas reformas em casas e prédios. Para Moesch, os responsáveis pelo material descartado não ajudam porque não se sentem obrigados a colaborar, já que a lei é falha e não há aplicação de multas inibidoras.
Fonte: Jornal do Comércio
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