.

.

A segurança antes e durante a Copa do Mundo


Porto Alegre será uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Até agora, a maior preocupação tem sido com as obras, tanto as urbanas – que ficarão como um excelente legado à Capital –, como as do estádio Beira-Rio, que teve problemas que foram solucionados. No entanto, o planeta está em polvorosa. Nada de novo, que desavenças existem desde Caim e Abel, para quem se lembra do evento bíblico. De lá para esta data, tem se matado de todas as formas. De maneira organizada e planejada, nas guerras, da mesma forma que em invasões a outros países, sob os mais diferentes e, geralmente, inócuos motivos. Ou, na maioria das vezes, por interesses econômico-financeiros. Não se vislumbram convivências pacíficas na quantidade desejável. Parece que a natureza humana é belicosa ao natural e que há uma vontade de guerrear intrínseca em todos nós. O Brasil, entretanto, ufana-se de ter uma miscigenação como não existe em nenhum lugar do mundo. Criticados durante quase todo o século XX, no entanto, devemos isso aos portugueses que se misturaram aos índios e negros promovendo aculturamento e a miscigenação de raças e costumes como jamais antes se viu na história das Américas e da Europa, onde a segregação ainda é forte. Por isso, temos uma agradável sensação de que, aqui, o terrorismo não tem vez. Deus queira, Deus queira.

Mas é preciso fazer um exercício de imaginação e colocar-se no lugar de algum lunático que pense, doentiamente, em perpetrar um atentado terrorista. Em que país faria? Nos Estados Unidos (EUA), onde o rigorismo beira à paranoia? Na Europa, onde se aliaram o medo do terrorismo e a desconfiança contra os imigrantes que tiram postos de trabalho? Claro que não. Melhor seria entrar em um Brasil onde não se imagina que o ódio chegue a tal ponto. Daí que temos mecanismos de relativismo quanto à segurança. Um pouco de rigor nos aeroportos com voos internacionais, mas nada que afugente alguém disposto a morrer para matar. Então, por sermos tolerantes e aqui viverem em paz religiões as mais diversas, da mesma maneira que etnias que se odeiam e que se matam em outras partes do mundo, poderemos não cuidar – como deveríamos – da segurança na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos.

Segundo o coronel Kleber Senisse, coordenador da Câmara Temática de Segurança, o plano para a Copa do Mundo é diferenciado dos demais com os quais se opera normalmente. Evidentemente, a Copa do Mundo é um megaevento que transformará o Brasil em julho de 2014. Por isso, ainda segundo ele, deverá ser montado um processo sistêmico, com as seguranças pública e privada e diversos órgãos nacionais e internacionais envolvidos, como a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL). Sendo assim, nos dias 10 e 11 de outubro será realizado o primeiro seminário-geral de segurança para a Copa do Mundo de 2014. Todos os atores que estarão trabalhando na Copa estarão em Porto Alegre apresentando seus planos. Assim, as ideias serão comparadas, desdobradas e será buscada a integração dos sistemas de segurança. A nossa natural urbanidade e a convivência pacífica entre etnias e religiões não podem escancarar as portas para atos terroristas. Exagero? Talvez sim, mas isso ocorreu na Argentina, não se esqueçam.


Curso online de SCRUM: Um Método Ágil de Desenvolvimento de Sistemas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...