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| Estado abriu mão de arrecadar até R$ 60 milhões de impostos a serem gerados pelos investimentos (Foto: Silivio Alves/Palácio do Piratini/JC) |
O Grupo CEEE calcula que serão investidos mais de R$ 300 milhões em obras para atender às exigências de segurança de fornecimento para a Copa do Mundo de 2014 somente na sua área de distribuição de energia. Para cumprir essa meta, a empresa procura alternativas de financiamento.
A companhia já negocia com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) o financiamento de US$ 333,3 milhões. E a última boa notícia para a empresa, informa o presidente do Grupo CEEE, Sérgio Camps de Morais, foi o fato de o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizar o descontingenciamento para a empresa obter recursos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). Por ser uma estatal, o Grupo CEEE não tinha acesso a essa oportunidade, mas, justamente pela necessidade de investir em empreendimentos para a Copa do Mundo, essa questão foi revista.
Morais relata que o diretor financeiro da companhia, Sérgio Tadeu Ladniuk, estará na terça-feira na sede do Bndes, no Rio de Janeiro, para tratar de futuros empréstimos. O executivo adianta que o valor mínimo pretendido pela empresa será de R$ 350 milhões.
Ainda em relação à Copa do Mundo, o dirigente da estatal gaúcha participou na quinta-feira, em Brasília, de reunião do grupo de trabalho do Ministério de Minas e Energia que irá monitorar as obras nas cidades sedes do torneio. Foram convocados para o encontro presidentes de distribuidoras e o objetivo é elaborar um planejamento para garantir o cronograma dos empreendimentos. Entre os complexos que serão construídos em Porto Alegre, consta uma microssubestação de energia próxima ao estádio Beira-Rio. Essa obra precisa ser concluída até o início da Copa das Confederações, que será realizada no Brasil em 2013.
Outro interesse do Grupo CEEE é fazer a adesão ao Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa. Uma assembleia geral extraordinária será realizada no dia 29 de outubro para discutir o assunto. Morais comenta que a adesão trará um ganho de transparência para a gestão do Grupo CEEE. Ele acrescenta que a iniciativa também servirá de aprendizado para operações de oferta de ações mais adiante. "Eu acho que esse é um bom caminho para o Grupo CEEE conquistar mais recursos", aponta.
Yeda sanciona isenção de ICMS para estádios da dupla Grenal
A governadora Yeda Crusius sancionou nesta quinta-feira a lei que concede isenção de ICMS para as operações com mercadorias destinadas às obras de modernização do estádio Beira-Rio e construção da Arena do Grêmio visando à Copa do Mundo 2014. Conforme o secretário extraordinário da Copa 2014 do Estado, Eduardo Antonini, a sanção "é importante para que as obras sejam aceleradas e a estrutura voltada para a Copa qualificada ainda mais". "Abdicar de R$ 30 milhões para cada clube é uma contribuição do Estado, visto que os clubes disponibilizam os estádios privados", acrescentou o secretário. Segundo a governadora, o valor não recebido com ICMS agora voltará muito maior no futuro. "Eu tenho certeza de que os R$ 30 milhões de incentivo, ao longo da existência dos clubes, virão em maior valor que deixei de receber", salientou Yeda.
Jornal do Comércio
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