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Brigada Militar vê Copa de 2014 como oportunidade de qualificação

By gutooo


O RS foi o único estado que enviou representantes da área de segurança pública à Copa do Mundo 2010 para um intercâmbio. Para o comandante geral da Brigada Militar, coronel João Carlos Trindade, que falou sobre as experiências da comitiva da segurança na África, a Copa de 2014 é uma oportunidade de qualificar a corporação e também promover mudança de cultura e comportamento.

“Certos erros e acertos que observamos lá nos ajudarão aqui”, afirmou. “Tanto que pretendemos fazer um seminário em 2013 com uma entidade internacional de policiais, com ênfase na segurança em estádios de futebol”, contou Trindade. “Com certeza esta (Copa 2014) será a Copa do turismo”, acentuou.

Para o oficial, a BM não necessitará de reforço, pois os brigadianos estão acostumados a fazer a segurança de grandes jogos de futebol, como finais da Libertadores da América. Exatamente por isso, Trindade considera não haver necessidade de reforço de instituições federais para a BM. “Até pode ter reforço em relação à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal”, lembrou. “Tem espaço para todos, mas cada um na sua”.

Comandante geral quer privilegiar PMs de boa aparência e com fluência em inglês e espanhol no próximo concurso

O coronel espera entre o final de 2012 e início de 2013 um novo concurso para PMs, já voltado para a Copa. Seriam de 2,5 mil a 3 mil vagas, com pessoas jovens. “Usaríamos como critério a aparência, a postura, além da fluência em inglês e espanhol”, disse Trindade, surpreendendo a todos. “Temos que amadurecer esta ideia, pois é a imagem do RS que está indo para o mundo. Precisamos de pessoas simpáticas, risonhas”.

Quanto à bolsa Copa, lançada pelo Governo Federal, o oficial considera difícil estabelecer um critério de quem irá trabalhar na Copa ou não. Trindade destaca que tanto os PM de Uruguaiana e de Livramento estarão diretamente lidando com uruguaios e argentinos, mas isso não significa que terão direito ao benefício. “Considero um boa ideia, mas tem que ser bem definida por Brasília”.

Trindade alembrou que racismo ainda continua introjetado nos sul-africanos, provocando falhas na segurança dos estádios. Os policiais eram, em sua maioria negros, que ficavam cuidando da segurança na entrada dos estádios, onde as pessoas deveria passar por um raio X. No entanto, brancos passavam tranquilamente, mesmo que o aparelho desse o sinal. Vários entraram com materiais que não poderiam passar.

Para Trindade, houve descuido, pois entrava todo mundo. “O fato de ser branco estava acima do protocolo de segurança”, analisou o coronel. “Temos que ter turismo com conforto e segurança, acima de qualquer questão social”.

Fonte: Paulo Roberto Tavares / Correio do Povo

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