Presidente Gianni Infantino durante reunião do Comitê Executivo da Fifa
Foto: Reuters / Matthew Childs
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11/04/2017
Entidade divulga balanço financeiro com prejuízo devido ao custo de processos em casos de corrupção, mas ainda possui grande reserva. Novo método contábil deixa de contar receitas com Copa
A Fifa registrou em 2016 perdas de US$ 369 milhões (R$ 1,1 bilhão na cotação atual), o que é explicado pela adoção de uma nova norma contábil, as investigações jurídicas e os investimentos imprudentes. A entidade teve de gastar com os custos legais em processos de corrupção, e ainda perdeu receita com patrocinadores. No entanto, os números ainda não significam que a Fifa esteja em situação financeira difícil. Pelo contrário.
Como publica o blog "Época Esporte Clube", a entidade possui reservas de cerca de U$ 1 bilhão e, pela nova prática contábil, deixou de contar receitas como patrocínios para a Copa de 2018. Em balanços anteriores, a Fifa consideraria o dinheiro obtido para a competição que só ocorrerá no ano que vem. No entanto, com a mudança no método, o valor não é contado neste ano, apesar de já estar em caixa. Portanto, mesmo com o déficit, a situação financeira da entidade ainda é confortável.
A Fifa espera voltar a apresentar um crescimento financeiro e apresentar US$ 1 bilhão (R$ 3,2 bilhões) de lucro em 2018, contando com as receitas da Copa do Mundo da Rússia - a maior parte através de direitos de transmissão.
Em comunicado publicado nesta sexta-feira, a entidade lembrou que é "notório a estagnação do comércio global, além de investigações sobre corrupção envolvendo funcionários". Algo que gerou pressão global nas receitas da organização.
O documento publicado pela Fifa também aponta investimentos equivocados do ex-presidente Joseph Blatter, como o museu do futebol e um hotel quatro estrelas em Zurique, como determinantes para as perdas em 2016. O World Football Museum, como é chamado, causou um prejuízo de US$ 50 milhões (R$ 156 milhões) no ano passado.
Fonte: Globo Esporte
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