Infantino havia transformado o inchaço da Copa em sua principal bandeira à
frente da Fifa (Foto: Michael Buholzer/AFP)
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10/01/2017
O Conselho da Fifa oficializou nesta terça-feira o aumento no número de participantes na Copa do Mundo. A partir de 2026, o principal torneio de seleções do planeta deixará de ter as atuais 32 equipes nacionais para receber 48 times. A medida foi aprovada de forma unânime em reunião realizada na sede da entidade, em Zurique, na Suíça.
A mudança era uma antiga promessa de Gianni Infantino. Foi com o aumento na participação de seleções que o atual presidente conseguiu vencer o xeque do Bahrein Salman bin Ebrahim al-Khalifa, seu principal rival no pleito de fevereiro do ano passado.
Esta foi a primeira vez desde a Copa do Mundo 1998 que mudanças foram feitas no sistema de disputa do torneio. As 48 seleções serão divididas em 16 grupos de três equipes, sendo que as duas melhores colocadas avançarão para a disputa das fases eliminatórias.
O tempo de disputa da Copa do Mundo continuará sendo de 32 dias, mas o número de jogos disputados no período passará de 64 para 80. As partidas ocorrerão em 12 estádios. E a cobrança de pênaltis definirá os classificados nas três primeiras etapas de eliminatórias. As prorrogações só serão jogadas nas semifinais e final.
The FIFA Council unanimously decided on a 48-team #WorldCup as of 2026:— FIFA Media (@fifamedia) 10 de janeiro de 2017
16 groups of 3 teams. Details to follow after the meeting.
Infantino defendia a mudança na Copa do Mundo dizendo que mais nações teriam a oportunidade de participar de uma edição do torneio. Com o inchaço, o mandatário da Fifa planeja consolidar lucros em mercados desenvolvidos e acelerar o crescimento do futebol internacional em áreas emergentes.
Há a expectativa de que o novo modelo de disputa fará os contratos de transmissão do torneio aumentarem de 750 milhões para 1 bilhão de dólares (R$ 2,4 bilhões para R$ 3,2 bilhões).
Os grandes clubes europeus eram contra a mudança, assim como treinadores reconhecidos mundialmente, como o espanhol Pep Guardiola e o alemão Joachim Löw. Contudo, a alteração encontrou apoio entre ex-jogadores, como Diego Armando Maradona e Carles Puyol, e atletas de países periféricos no futebol internacional.
O camaronês Samuel Eto’o chegou a agradecer à Fifa por “aproximar a Copa do Mundo dos mais pobres”. Espera-se que os continentes africano e asiático sejam os maiores beneficiados com o aumento de seleções. Ainda não há uma definição de como serão repartidas as novas vagas nas eliminatórias.
A Copa do Mundo de 2026 não tem uma sede definida. Os favoritos na disputa são os Estados Unidos, que poderão anunciar uma candidatura conjunta com México e Canadá.
Infantino encontrou rejeição entre grandes clubes europeus, mas foi apoiado
por ex-jogadores (Foto: Michael Buholzer/AFP)
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Fonte: Gazeta Esportiva
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