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Jefferson para Messi, Tardelli decide, e Brasil mantém supremacia contra Argentina

Crédito: Mowa Press

Foram três Superclássicos e três vitórias do Brasil. Na terceira edição do ‘jogo-torneio', a seleção brasileira bateu a Argentina por 2 a 0, neste sábado, em duelo realizado no estádio Ninho de Pássaro, em Pequim, na China. O jogo foi emblemático por ter ocorrido no ano do centenário do histórico dérbi entre os dois países.

O grande destaque da partida foi Diego Tardelli, que marcou os dois gols, um em cada tempo. Em sua sétima partida com a amarelinha, o atacante do Atlético-MG, que foi o camisa 9, balançou a rede pela primeira vez.
Outro brasileiro a brilhar na partida foi o gleiro Jefferson, que pegou um pênalti - mal marcado pelo árbitro chinês Fan Qi - cobrado por Messi, quando o Brasil vencia por 1 a 0. Antes, a Argentina até sofreu uma penalidade de fato, em uma falta de Miranda em Aguero, mas, o juiz não assinalou a infração.
Messi até foi participativo, mas foi abaixo do alto nível que costuma ter. além da penalidade, ele também viu o goleiro do Botafogo fazer boa defesa em uma cobrança de falta na etapa final.
Apesar da presença de Neymar e o show de Tardelli, o atleta mais festejado foi Kaká, que já vinha sendo o mais assediado pelos chineses desde a chegada da seleção no país asiático. O meia-atacante do São Paulo foi ovacionado assim que entrou e a cada toque na bola. No fim, quando Neymar foi substituído por Robinho nos acréscimos, ainda pôde usar a braçadeira de capitão por alguns segundos.
Depois de um domínio argentino no começo do primeiro e criou diversas chances de abrir o placar, sobretudo com Aguero. Porém, aos 27, o Brasil aproveitou sua chance e saiu em vantagem em erro da defesa adversária.
A partir de então, os comandados de Dunga cresceram na partida e passaram a ter maior controle da ações ofensivas. O mesmo se repetiu no segundo tempo, quando Tardelli balançou a rede em cobrança de escanteio e sacramentou a vitória.
Dessa forma, os pentacampeõs mundiais repetem as conquistas de 2012 e 2013 do Superclássico das Américas, que é a reedição da extinta Copa Rocca. Em ambas as edições, só era permitida a utilização de atletas que atuavam nas ligas brasileira e argentina.
Em 2012, houve empate em Buenos Aires na ida, e o Brasil triunfou em Belém por 2 a 0, com gols de Neymar e Lucas. No ano seguinte, a seleção verde e amarela venceu por 2 a 1 em Goiânia, e o time alviceleste devolveu o placar em Buenos Aires. Nas penalidades, os brasileiros ganharam por 4 a 3.
O jogo - Ao contrário de quando jogou contra a campeã mundial Alemanha, a seleção brasileira adotou uma postura tática mais defensiva para enfrentar a vice Argentina. Dunga deixou o seu time bem postado atrás, à espera da oportunidade ideal para contra-atacar.
A estratégia brasileira ajudou o técnico Gerardo Martino a reviver os tempos de Barcelona, com mais de 60% de posse de bola para uma equipe liderada por Lionel Messi. Amigo do astro adversário, Neymar deu um susto em Dunga àquela altura da partida, ao reclamar de dores no joelho esquerdo depois de uma dividida.
Quem também se machucou foi Aguero, em jogada que poderia ter resultado em gol para a Argentina. O atacante acabou derrubado por Miranda dentro da área brasileira, e o árbitro chinês não deu atenção aos pedidos por pênalti.
Embora tenha neutralizado as investidas iniciais da Argentina, o Brasil demorou um pouco para também incomodar os defensores adversários. Só foi um pouco mais efetivo quando Neymar e Willian se soltaram, obtendo uma série de escanteios para a equipe de Dunga.
Aos 27 minutos, no entanto, a seleção brasileira conseguiu mudar de vez o panorama do clássico. Oscar levantou a bola na área da direita, e Fernández cortou mal de cabeça ao se chocar com Zabaleta, que foi mal no lance. Diego Tardelli deu dois passos para trás e emendou de primeira para acertar o canto e inaugurar o marcador.
A vantagem fez o Brasil sair do campo defensivo e propor o jogo. O segundo gol quase veio aos 31 minutos. Neymar deixou a marcação para trás em uma bela arrancada, capaz de levantar o público chinês no Ninho de Pássaro, porém hesitou quando se viu diante do goleiro Romero e bateu fraco, sem direção.
Refeita do susto, a Argentina esboçou uma pressão para arrancar o empate antes do intervalo. Aos 39 minutos, a chance apareceu. Danilo travou Di María dentro da área, e o árbitro revoltou o time brasileiro ao anotar o pênalti. Messi cobrou no canto. Jefferson defendeu e comemorou como um gol.
Mais confiante para o segundo tempo, o Brasil se permitiu ser também mais ofensivo. O lateral esquerdo Filipe Luís, antes retraído, ganhou liberdade para apoiar o ataque. E ficou perto de marcar um gol já aos dois minutos, quando foi acionado no lado da área e encheu o pé. A bola subiu demais.
O jogo aberto permitia que a Argentina tivesse mais oportunidades de chegar ao gol brasileiro. Aos quatro minutos, Miranda contribuiu com a equipe de Tata Martino ao falhar diante de Di María. O atacante avançou para a área sozinho, mas o zagueiro se recuperou e fez o desarme.
Mesmo com a disposição do ataque rival, a seleção verde e amarela não se intimidou. Neymar passou a pedir a bola com frequência e virou alvo constante de pontapés. Foi em uma cobrança de falta sofrida pelo astro do time que Oscar chutou com perigo, cruzado. Romero salvou a Argentina.
Como a sua equipe jogava mal e não tinha mais a posse de bola de antes, Tata Martino decidiu entrar em ação. Trocou Aguero e Lamela por Higuaín e Pastore. E lamentou mais um gol de Tardelli em seguida. Aos 18, o atacante apareceu na segunda trave após cobrança de escanteio e agachou-se para cabecear para a rede.
O segundo gol era o que o Brasil precisava para ter tranquilidade até o final da partida, quando voltou a investir nos contra-ataques. Nos últimos minutos, Dunga deu a sua última alegria para o público chinês ao mandar os veteranos Kaká e Robinho a campo, ovacionados, nas vagas de Diego Tardelli e Robinho. Gil substituiu David Luiz.
FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 X 0 ARGENTINA
Local: Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim (China)
Data: 11 de outubro de 2014, sábado
Horário: 9h05 (de Brasília)
Árbitro: Fan Qi (China)
Assistentes: Huo Weiming e Mu Yuxin (ambos da China)
Cartões amarelos: David Luiz (Brasil); Mascherano (Argentina)
Gols: Diego Tardelli, aos 27 minutos do primeiro e aos 18 do segundo tempo

BRASIL: Jefferson; Danilo, Miranda, David Luiz (Gil) e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Willian e Oscar; Neymar (Robinho) e Diego Tardelli (Kaká)
Técnico: Dunga
ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Demichelis, Fernández e Rojo; Mascherano, Pereyra (Pérez), Lamela (Pastore), Messi e Di María; Aguero (Higuaín)
Técnico: Gerardo Martino

Fonte: ESPN

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