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Nuno Ramos recebeu público para bate-papo na Fundação Iberê Camargo

30/07/2013

O artista participou do Programa Ateliê da Gravura da FIC e no dia 27 de julho apresentou os trabalhos desenvolvidos com a técnica utilizada por Iberê

Neste mês, a Fundação Iberê Camargo recebeu um dos mais importantes artistas contemporâneos do país. Nuno Ramos participou do programa Artista Convidado do Ateliê da Gravura e trabalhou com a prensa alemã que pertenceu a Iberê Camargo. Ele se dedicou a criações entre 24 e 26 de julho, e no dia 27, às 17h, apresentou as peças produzidas, durante uma conversa com o público, no auditório da Fundação.

Foto: Carina Dias
Nuno é um artista que envolve-se nas atividades de pintor, desenhista, escultor, compositor, cineasta e escritor. Nascido no ano de 1960, em São Paulo, onde vive e trabalha até hoje, formou-se em Filosofia pela USP, em 1982. Iniciou na pintura em 1984, quando criou o grupo de artistas do ateliê Casa 7 e, desde então, seu trabalho ganhou notoriedade no Brasil e no exterior. Participou da Bienal de Veneza de 1995 e das Bienais Internacionais de São Paulo nos anos de 1985, 1989, 1994 e 2010. Entre suas exposições individuais, destaca-se a produzida em 2010 na Gallery 32, em Londres, Inglaterra;  em 2012, "Ai, pareciam eternas!", na Galeria Celma Albuquerque, em Belo Horizonte; e "O Globo da morte de tudo" (em parceria com Eduardo Climachauska), na Galeria Anita Schwartz, no Rio de Janeiro. Publicou, em 2011, o seu oitavo livro, “Junco”, pela editora Iluminuras, vencedor do prêmio Portugal Telecom de Literatura na categoria poesia. Em 2006, recebeu, pelo conjunto da obra, o Grant Award da Barnett and Annalee Newman Foundation. Este ano, Nuno irá expor desenhos da "Série Anjo e Boneco", na Galeria Fortes Vilaça, em São Paulo, no mês de agosto, e em dezembro, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, onde apresentará um trabalho inédito. Em breve, uma obra de sua autoria integrará o acervo do novo museu Thyssen Bornemisza Art Contemporary (TBA 21), em Viena, e é grande a probabilidade de que Nuno tenha um pavilhão no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), um dos principais espaços de arte contemporânea no país.

Foi a primeira vez que Nuno trabalhou com gravuras em metal e, para ele, a oportunidade teve um sabor especial. “É uma certa aventura, por ser algo inédito, um novo desafio”, disse.


O Ateliê de Gravura
Desde 1999, o Ateliê de Gravura da Fundação recebeu mais de 70 artistas de diferentes lugares e linguagens – independentemente da técnica e suporte mais utilizados em sua produção – para experimentar o método utilizado por Iberê Camargo durante toda sua vida. Das matrizes em metal produzidas, metade da tiragem das cópias fica com o artista e a outra metade passa a constituir a coleção de gravuras da Fundação Iberê Camargo. Também é realizado um encontro aberto ao público, em que os artistas apresentam a sua produção e falam sobre a experiência de passar uma semana no Ateliê de Gravura. O espaço desenvolvido, em 2008, para a nova sede da Fundação, foi pensado pelo arquiteto Álvaro Siza especialmente para receber os equipamentos e estrutura para o trabalho em gravura que já existia no ateliê do artista. Já passaram pelo programa artistas como Amilcar de Castro, Arthur Piza, Jorge Macchi, Maria Bonomi, Nelson Felix, Waltercio Caldas, Tomie Ohtake e Xico Stockinger.


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