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Com presença de Carlos Alberto Torres, Porto Alegre abre 3° Congresso Internacional de Direito Desportivo

Crédito: Divulgação
15/06/2013

A presença de Carlos Alberto Torres abrilhantou o primeiro dia do 3º Congresso de Direito Desportivo Contemporâneo, em Porto Alegre. O capitão da Seleção Brasileira tricampeã do mundo de futebol em 1970, no México, prestigiou nesta quinta-feira a abertura do evento internacional que reúne autoridades mundiais do Direito na capital gaúcha.

Embaixador da Copa do Mundo de 2014 por indicação direta da Fifa, o Capita - apelido pelo qual é conhecido - destacou a organização do encontro cujo objetivo central é discutir os temas recentes do campo jurídico relacionando-os aos segmentos do esporte atual. E, ao mesmo tempo em que tecia elogios à preparação da cidade para o megaevento do próximo ano, mostrou-se surpreso.

– Estive na Arena para assistir ao jogo do Grêmio contra o São Paulo. Quando entrei lá, fiquei simplesmente ‟bestificado”, pensando em como era possível não termos uma partida sequer da Copa das Confederações em Porto Alegre. Infelizmente, e não sei por quais razões, a cidade não foi incluída na competição. Mas, agradecendo o carinho e a acolhida, eu quero deixar aqui os meus parabéns ao Rio Grande do Sul. Pouca gente está atentando para o fato de que esse será o único estado do Brasil com dois estádios, assim que o Beira-Rio também estiver pronto, de primeiríssima grandeza, fabulosos. Sou do Rio, e lá teremos um apenas, o Maracanã. Assim vai ser em São Paulo também, na Bahia, em todos os outros. Então, Porto Alegre é um orgulho dos gaúchos e dos brasileiros – afirmou o ex-jogador, ressaltando ainda que não permaneceria em tempo integral no congresso em virtude de reuniões com membros da Fifa na capital fluminense.

Crédito: Divulgação
Nos painéis desta quinta, o Direito desportivo internacional esteve especialmente contemplado, através das conferências de renomados especialistas. Michele Bernasconi, Rinaldo Martorelli, Juan Crespo, Luigi Fumagalli e Omar Ongaro explanaram, dentre outras temáticas, sobre a jurisprudência atual da Fifa, o funcionamento de sua Câmara de Disputas, as decisões da Corte Arbitral do Esporte (CAS), o Mecanismo de Solidariedade e a liberação de atletas, por parte dos clubes, às respectivas seleções nacionais.

– Tivemos a presença de muita pessoas importantes, não somente dos conferencistas como também daqueles que vieram assistir ao congresso, advogados, representantes de clubes, agentes. Estamos extremamente satisfeitos, cumprimos o papel esperado para este primeiro dia. Pretendemos manter o nível no segundo, mas desde já creio ser possível concluir que o evento já é um sucesso em sua terceira edição – frisou o advogado Daniel Cravo, um dos organizadores.

Pouco antes do encerramento da primeira série de discussões, outra boa notícia: a posição oficialmente contrária da Confederação Sul-Americana de Futebol no que se refere à possibilidade de extinção dos direitos econômicos. Em mesa-redonda que debateu o assunto, o diretor jurídico da Conmebol, Gorka Villar, confirmou a intenção da entidade enviar em breve manifestação à Fifa apresentando parecer convergente ao dos clubes brasileiros, por exemplo, que também se opõem à medida. O fim dos percentuais ‟fatiados” dos atletas é uma proposição da Uefa em escala mundial; no Brasil, vem ganhando encaminhamento via Medida Provisória do Ministério do Esporte.

– A manifestação do Gorka, de forma oficial, foi extremamente relevante. A notícia de que a Conmebol vai levar à Fifa sua posição contrária e de que está aberta ao debate sobre a regulamentação desse instrumento é muito importante. E toma uma dimensão ainda maior na medida em que, aqui no país, discute-se o assunto através de uma MP a qual não tivemos acesso. No âmbito dos clubes, não se encontra praticamente nenhum defenda o banimento dos direitos econômicos – concluiu Cravo.



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