Derrubada de mais de cem árvores iniciou no início de fevereiro, mas acabou suspenso após polêmica
Foto: Emílio Pedroso / Agencia RBS
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15/02/2013
Ambientalistas defendem que Executivo municipal apresente alternativas para redução do impacto ambiental na região
O corte de árvores na Avenida Edvaldo Pereira Paiva (a Beira-Rio), em Porto Alegre, segue suspenso até a realização de uma nova audiência pública que será conduzida na Câmara de Vereadores, possivelmente em março.
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O projeto de duplicação da via faz parte das obras de mobilidade urbana visando a Copa do Mundo de 2014 e prevê a remoção de 115 vegetais naquela região. A decisão foi tomada em comum acordo pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), vereadores e ambientalistas na tarde desta quinta-feira.
Técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Secretaria de Gestão explicaram que o alargamento viário está prevista no Plano Diretor da cidade desde 1985 e serviria para desafogar o trânsito nas avenidas Edvaldo Pereira Paiva, João Goulart e Loureiro da Silva. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, está prevista a plantação de 401 novas mudas em compensação à supressão em questão.
Ambientalistas cobraram maior participação popular na discussão do projeto. De acordo com o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, faltou ao Executivo municipal detalhar estudos de compensação ambiental que reduzam o impacto na região.
— Quanto mais audiências públicas, mais ideias surgirão. As decisões não podem ser traçadas apenas por algumas cabeças — afirmou Milanez.
O secretário de Meio Ambiente Luiz Fernando Záchia frisou que, em casos como este, a pasta adota o devido rigor técnico para o licenciamento das obras.
— Temos técnicos totalmente comprometidos com o meio ambiente que não privilegiam este ou outro empreendimento por ser público ou privado. O rigor é o mesmo para todos — observou Záchia.
A Cosmam definiu que na próxima terça-feira se reunirá com técnicos da prefeitura para abordar o tema a partir das 9h. Em seguida, ocorrerá uma reunião com o Ministério Público.
Fonte: ZERO HORA
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