De São Paulo
O presidente da CBF, José Maria Marin, irritou o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, e o diretor de seleções, Andres Sanchez.
O cartola revelou ter desconfiado de critérios utilizados pelo treinador para convocar o time nacional. "Já vimos listas em que eu mesmo tinha dificuldade para saber quem era determinado jogador", disse Marin, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo".
"Não adianta dizer que jogador está estourando num campeonato desconhecido. Conheço os truques."
Marin gesticula durante entrevista
Sergio Moraes - 09.abr.2012/Reuters
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De acordo com o jornal, Marin também teria vetado a convocação de Ronaldinho para os Jogos. Ontem, o cartola negou existir tal veto e amenizou o tom das críticas.
Roberto Assis, irmão e agente do jogador do Flamengo, não quis polemizar. "O sonho do Ronaldo é disputar mais uma Olimpíada."
Na Suíça, onde participa de evento da Fifa, Marin disse ter sido mal interpretado.
Mas reiterou que pretende ver a lista de Mano Menezes 48 horas antes de ela ser divulgada para o público --hoje, portanto, já que a próxima convocação será na sexta-feira, para quatro amistosos.
A seleção brasileira enfrenta Dinamarca e EUA no fim de maio e, depois, México e Argentina no início de junho.
"Eu não abro mão de ver a lista por causa da minha responsabilidade como presidente da CBF", afirmou. Mas disse que não pretende interferir. "A convocação é de responsabilidade do técnico."
O recuo de Marin não amenizou o clima ruim criado com Mano e com o diretor de seleções, Andres Sanchez.
Os ex-corintianos, que chegaram à CBF pelas mãos de Ricardo Teixeira (que deixou o cargo em fevereiro), ficaram profundamente irritados com as insinuações de Marin.
Procurados pela reportagem, nenhum dos dois quis dar entrevista sobre o tema.
O agente de Mano Menezes, Carlos Leite, disse que não se pronuncia a respeito de assuntos da seleção.
O prazo dado por Marin para ver a lista de convocados termina hoje, 48 horas antes de o técnico anunciar a convocação para os quatro jogos.
O mal-estar de ontem não foi o primeiro. Andres havia declarado que Mano deveria deixar a Olimpíada de lado e pensar na Copa de 2014. Marin pensa o oposto.
Fonte: Folha.com
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