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Hotelaria da Capital debate investimentos para o setor


05/04/2012

André Vitor Pasquali

Empresários do ramo buscam alternativas para ampliar 

ocupação em Porto Alegre - MARCELO G. RIBEIRO/JC 
A Capital gaúcha apresenta um grande potencial para desenvolver o turismo de negócios, mas a sazonalidade dos eventos reduz bastante a ocupação dos quartos, principalmente nos meses de verão.  

Realidade como essa foi debatida nesta quartafeira pela diretoria do Porto Alegre Convention & Visitors com os principais empresários do ramo hoteleiro da cidade. Juntos, ele tentam levantar ações e investimentos para o setor nos próximos anos. 

Os hotéis da Capital, que atualmente suportam 14.655 pessoas, só registram grande ocupação quando a cidade sedia eventos de grandes proporções.

No entanto, a expectativa da instituição é de que, até 2014, o número de leitos evolua para 18.449, melhorando a capacidade para a Copa do Mundo, evento que está gerando mais expectativas e investimentos na cidade. São inserções de redes de hotéis de fora do País e, também, expansão dos já existentes. As áreas que devem contar com novos empreendimentos estão localizadas próximas à Estação Rodoviária, ao Aeroporto Salgado Filho e aos bairros Moinhos de Vento e Bela Vista.

Segundo o diretor do Hotel Plaza São Rafael, Abdon Barreto Filho, o principal entrave do setor hoteleiro na Capital é o fato de sediar um número expressivo de eventos em finais de semana, feriados e meses de janeiro e fevereiro. 

Nesses períodos, os hotéis da cidade registram ocupação muito abaixo do normal em relação a outros meses do ano. Para Barreto Filho, esse movimento é tradicional por conta do público-alvo da hotelaria: o de turismo corporativo. Por isso, registra, existe um esforço por parte do setor em trazer mais eventos durante o ano todo para Porto Alegre.

Apesar da normal baixa na ocupação dos hotéis nos meses de verão, Berenice Lewin, presidente-executiva do Porto Alegre Convention & Visitors Bureau, destaca que nos hotéis da rede Coral Tower, nos quais atua como diretora comercial, a ocupação em janeiro obteve um recorde positivo. Isso, segundo ela, pode ser atribuído ao aquecimento da economia e também às linhas de crédito proporcionadas pela proximidade com a Copa do Mundo. “A economia não funciona isoladamente. O seu aquecimento repercute na hotelaria”, garante a empresária do ramo hoteleiro. 

Nos principais hotéis da Capital gaúcha, a Copa do Mundo de 2014 já começou há alguns anos. São vosíveis os investimentos em infraestrutura, principalmente na expansão, modernização dos quartos, áreas comuns e restaurantes, além de serviços de prevenção a incêndio. Carlos Sanches, gerente regional de vendas dos Hotéis Deville, afirma que a rede investirá até 2014, R$ 3 milhões, principalmente visando à realização do evento na cidade. 

De acordo com Ricardo Krüger Ritter, diretor dos Hotéis Ritter e vice-presidente-executivo do Porto Alegre Convention & Visitors Bureau, é cada vez maior o nível de exigência dos turistas de negócios que chegam à cidade, por isso, a hotelaria gaúcha investe cada vez mais para atender a demanda desse público. 

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