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COPA 2014 EM SÉRIE DO MINISTÉRIO DO TURISMO: PASSO A PASSO PARA ADORAR PORTO ALEGRE


Usina do Gasômetro: antigamente movida a carvão, transformou-se num caldeirão de arte e cultura Divulgação/Ministério do Turismo
02/01/2012

Caminhando pela capital gaúcha, turista terá contato com o que há de melhor na cidade: a identidade cultural, a riqueza histórica e a visão cosmopolita que a tornam peculiar. Reportagem integra série do Ministério do Turismo sobre as 12 cidades-sede

Para amar Porto Alegre, o turista precisa de muito pouco. A alma da capital gaúcha é facilmente reconhecida nas ruas, na arquitetura e em 1,3 milhão de árvores que dão vida e cor à cidade. Mas a grande e verdadeira passarela da cultura gaúcha está aberta aos domingos, no mesmo endereço: é o Parque da Redenção, ou Farroupilha.

Visitar o Redenção, no coração da cidade, significa experimentar todas as faces de Porto Alegre de uma só vez. Não é só o comércio mais popular da cidade, um palco democrático de arte, uma feira livre ou um túnel do tempo para encontrar antiguidades, móveis, artesanato e achados comerciais. Para os gaúchos, o “Redenção” é uma espécie de santuário. O chimarrão é a própria religião. Ostentando camisas azuis e vermelhas, colorados e gremistas honram os mantos esportivos sagrados e disputam a benção dos quase 70 mil caminhantes que transitam a cada fim de semana pelo parque instalado no polígono “verde” formado por cinco avenidas bastante movimentadas.

Saindo do parque, a parada obrigatória é para o churrasco. Domingo sem churrasco, aliás, só existe fora do Rio Grande do Sul. Há diversos lugares para experimentar uma legítima picanha gaúcha por ali mesmo, ao longo da Avenida Osvaldo Aranha, uma das vias que rodeiam o tradicional ponto turístico.

Se o passeio não for no domingo, crie um pretexto para iniciar a caminhada pelo churrasco na Osvaldo Aranha. Quem parte dali vai encontrar, rapidamente, o Museu da UFRGS. Abrigado em um histórico casarão dentro do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, conta a história do estado em acervo de 10 mil imagens e recursos multimídia. Exposições científicas, tecnológicas, artísticas e culturais estão entre os pontos fortes da programação. A um passo dali, na Praça Argentina, está o Observatório Astronômico da UFRGS.

Piratini

Com mais 10 minutinhos de caminhada até o fim da Osvaldo Aranha, suba pela Rua Duque de Caxias e reserve um tempo para uma visita ao Palácio Piratini, sede do governo do estado. O prédio é decorado com esculturas, lustres de cristal, quadros, vitrais e anjos banhados a ouro, todos vindos da França. No centro histórico da capital ficam também a Catedral Metropolitana, o Theatro São Pedro e o Museu Júlio de Castilhos, o quinto mais antigo do país.
Quem entra no casarão aceita o convite para viajar pela memória política rio-grandense. Na exposição permanente, uma sala abriga objetos que contam uma parte da trajetória do estadista gaúcho que dá nome ao museu. Júlio de Castilhos redigiu o projeto da constituição estadual, que ganhou fama por adotar princípios positivistas do francês Augusto Comte. Objetos pessoais, armas e fardamentos do líder farroupilha Bento Gonçalves também estão entre os destaques. A arte missioneira e a história do projeto de evangelização dos jesuítas, além de instrumentos de tortura usados no período da escravatura, completam o acervo.

Saindo desse banho de história e cultura gaúcha, vire à esquerda pela mesma rua, siga até o fim do quarteirão e vire à direita para chegar à Rua dos Andradas, a chamada “Rua da praia”, onde nasceu Porto Alegre. A menção à praia, neste caso, diz respeito à proximidade com a orla do Lago Guaíba (sim, o Guaíba é um lago, e não um rio!). O crescimento da cidade provocou aterramentos que fizeram a rua distanciar-se da margem. Mas ela não perdeu o nome, tampouco o encanto.

A rua congrega pontos turísticos importantes, como o MARGS, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, que fica próximo à Casa de Cultura Mário Quintana. A casa centenária foi, por 12 anos, a morada do “poeta das coisas simples”, e hoje é um dos espaços culturais mais adorados pelos gaúchos, com bibliotecas, teatros, salas de leitura, galerias, oficinas de arte e o ilustre Café Concerto, no 7º andar. Lá dentro permanecem vivas as lembranças de uma importante fase da literatura rio-grandense. A alguns passos dali, a rua da praia reserva um espaço para o êxtase literário: o imperdível Centro de Cultura Érico Veríssimo.

Calçadão arborizado com ciclovia é uma dos atrativos da orla do Guaíba Divulgação/Ministério do Turismo
Orla

Paralela à Rua dos Andradas está a Avenida Mauá, obrigatória em qualquer roteiro turístico. Você acaba de chegar à orla do Guaíba - onde estão a Usina do Gasômetro, a Fundação Iberê Camargo, o Anfiteatro Pôr-do-Sol e o Cais do Porto. A antiga usina movida a carvão transformou-se num verdadeiro caldeirão de arte e cultura, e sua silhueta, com alta chaminé no crepúsculo dourado à beira do Guaíba, é certamente um dos mais lindos e formosos cartões postais da cidade.

Exposições como a Feira do Livro de Porto Alegre - maior festival literário a céu aberto da América Latina -, a Bienal do Mercosul - reúne meio milhão de pessoas a cada edição, consolidando-se como referência internacional nas artes visuais -, exposições de cinema, além de mostras de teatro, música e arte têm lugar garantido nos armazéns do porto. Por ali também dá para conhecer a coleção de mais de 4 mil obras de Iberê Camargo, gravurista, desenhista e pintor considerado um dos grandes nomes do movimento de arte moderna/contemporânea.

Para festejar o lado cosmopolita da cidade, encerre o passeio apreciando o pôr-do-sol no Guaíba e trocando o churrasco pela comida mediterrânea. Contraditório? Jamais. Porto Alegre é isso: raízes na cultura da terra, antenas no mundo.

Fonte: Ministério do Turismo

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