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O mundo descobre o Brasil

O País é um dos destinos mais procurados para eventos internacionais. No ano passado, o setor movimentou R$ 84 bilhões e deve triplicar de tamanho até 2014

Por Flávia Gianini

O mercado de shows e eventos no Brasil já se equipara ao de países desenvolvidos. Com 275 eventos internacionais realizados em 2010, o País alcançou a 9ª colocação entre os destinos mais procurados do mundo para grandes encontros no ranking do International Congress and Convention Association (ICCA).

O setor, que movimentou R$ 84 bilhões no ano passado, promete um crescimento de 200% até 2014, segundo a Associação de Marketing Promocional (Ampro). Nas Américas, o País só perde para os EUA. Já na América do Sul, São Paulo mantém-se em segundo lugar, com 75 eventos e Buenos Aires em primeiro, com 98 eventos.

E não é apenas o eixo Rio-São Paulo que vai se beneficiar dessa boa fase. Outras praças também estão pegando carona no crescimento dos eventos. Sete outros destinos brasileiros ficam entre os 50 mais atrativos (Brasília, Florianópolis, Porto Alegre, Foz do Iguaçu, Belo Horizonte e Salvador). Porto Alegre, Florianópolis e Belo Horizonte entraram de vez na agenda de artistas internacionais, como Paul McCartney e Amy Winehouse.

O momento vivido pela economia brasileira ajuda esse mercado. O dólar baixo, a estabilidade política, o crescimento do poder aquisitivo e a crise na Europa e nos Estados Unidos, faz o mercado internacional olhar para o Brasil como uma opção melhor.

No centro das atenções

O número de shows internacionais, em arenas e estádios brasileiros, dobrou no ano passado em relação a 2009. Também em 2010, a receita mundial das 50 maiores turnês atingiu US$ 2,93 bilhões. “O crescimento do mercado de entretenimento é maior que o da própria economia brasileira”, afirma André Mantovani, presidente da XYZ Live.

O setor também despertou a atenção de grupos de comunicação como a Globo e a gaúcha RBS. No final do ano passado, eles se uniram na fundação da Geo Eventos. Sua primeira tacada foi assumir o controle das empresas de eventos HSM do Brasil e Expomoney, além de comprar o teatro do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Ao mesmo tempo, se associou à gravadora Som Livre.

A consolidação da posição brasileira entre os “top 10” em eventos internacionais, amplia as expectativas de investimentos que se abrem com a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Além desses, o país sedia ainda os Jogos Mundiais Militares, neste ano, e pleiteia ser sede da Expo Mundial, em 2020.

Para Adriana Máximo, diretora da Techne Comunicação e Eventos, cada vez mais empresas e indústrias percebem que consolidar a marca por meio de eventos, feiras, congressos ou ações pontuais que reúnam um público formador de opinião e marketing de relacionamento, é uma ferramenta importante.

Adriana acredita que eventos ligados a esportes, saúde e tecnologia são as principais apostas do mercado nos próximos anos. A Techne, que tem em seu portfólio marcas como Aché, Gatorade, Danone, Adidas, Cauê, FisherPrice e Mattel, espera crescer 300% em três anos e chegar a um faturamento anual de R$ 10 milhões até 2014.

“As empresas vão aumentar os calendários e as verbas. De 2011 até 2014 o crescimento será em torno de 200%”, afirma Adriana.

Fonte: IstoÉ

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