.

.

Domingo é dia de futebol... de bombachas!

Foto: Jornal Dimensão

Por *Léo Ribeiro

Que o brasileiro é louco por futebol o mundo inteiro sabe. Que nosso povo é criativo, nós sabemos. Pois juntando a criatividade com a fome de bola, cada dia, em cada região do País, aparece alguma coisa, pitoresca e nova, relacionada com o esporte das multidões.

No Rio Grande do Sul, mesclando as fortes tendências tradicionalistas com a paixão pelo futebol (não existe rivalidade maior que o Gre-Nal), antes do churrasco ao meio dia, da canha na guampa e da cerveja gelada, nada melhor que uma boa partida de futebol... de bombachas.

A mania tomou conta de várias cidades do interior e os clássicos domingueirios vão se avolumando. As contendas são acirradas e os "escretes" peleiam com raça (do pescoço para baixo tudo é canela). Uma proibição imposta pelo juiz, além das regras normais, é a de não poder entrar em campo armado. A faca e o "berro-grosso" ficam no vestiário. A faca para cortar a carne depois da disputa e o "berro-grosso" para ficar de garganta vermelha pelos tiros do time vencedor. É CTG contra CTG, piquete contra piquete, gremistas contra colorados, as vezes jogando de bombacha e chuteiras outras de bombacha e botas (pobre dos pés).

Hoje pela manhã, ainda nos pelegos, vi uma reportagem onde, se não me engano em Pernambuco, os times faziam uma partida dentro de uma arena de vaquejada. Detalhe: com um boi brabo solto no campo! É um olho no peixe outro no gato. Um na bola outro no boi. Oiga-lê brasilsão velho de Deus!

* Léo Francisco Ribeiro de Souza nasceu em 23/01/1956, em Contendas, São Francisco de Paula, RS, e reside em Porto Alegre. Advogado, poeta com 11 livros editados, foi Presidente da Estância da Poesia Crioula e Patrão do Grupo Tradicionalista Fraternidade Gaúcha, da maçonaria. Compositor com mais de 300 letras gravadas, com destaque para a canção "Brasil de Bombachas", tem um CD editado pela Gravadora ACIT com suas composições mais conhecidas. Tem, também, lançado um CD com poesias maçônicas/gauchescas intitulado "Um Gaudério na Irmandade". Artista Plástico com temáticas sulinas, editou um livro de cartuns gauchescos. Escreveu, por 12 anos, a coluna Do Galpão A Casa Grande, para o Jornal do Nativismo. Coordenador Geral da Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula e do Festival Ronco do Bugio (em 4 edições). Jurado em dezenas de festivais poéticos/musicais. Fundador dos grupos de cavalgadas Cavaleiros da Neve e Irmãos do Estribo, recebeu da ORCAV (Ordem dos Cavaleiros) o Título de Cavaleiro Riograndense. Por pesquisador e cultor das tradições de seu Estado, recebeu a comenda de Aluno Destaque Cultural dos 50 Anos das Escolas CENECISTAS no Rio Grande do Sul.



Educação a Distância

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...