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Último ato: Brasil joga pelo bronze na despedida paralímpica do futebol de 7

Seleções de Brasil e Irã perfiladas para os hinos na semifinal 
Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB

15/09/2016

Retirada do programa dos Jogos Paralímpicos a partir de Tóquio 2020, modalidade 
terá brasileiros e holandeses duelando pelo 3º lugar nesta 6ª. Ucrânia e Irã fazem final

No início do ano passado, uma reunião do Comitê Paralímpico Internacional (IPC - sigla em inglês) determinou a retirada do futebol de 7 do programa paralímpico. Presente na Paralimpíada desde 1984, a modalidade terá o seu último ato nos Jogos nesta sexta-feira, quando acontecem as finais da Rio 2016. Goleado pelo Irã na semifinal, o Brasil enfrenta a Holanda às 14h, na disputa do bronze. Pouco depois, às 17h, iranianos e ucranianos duelam pela medalha de ouro.

- Foi uma notícia muito triste saber da saída do futebol de 7 da Paralimpíada. Nós brigamos muito para ter mais espaço para o nosso esporte e agora acontece isso. Só que temos que pensar no agora e buscar essa medalha a qualquer custo para nos despedirmos dos Jogos Paralímpicos do melhor jeito - afirmou o meia-atacante Maycon.

O motivo alegado para a retirada do futebol de 7 do programa paralímpico foi a ausência de praticantes da modalidade em alguns continentes, o que fere o princípio da universalidade proposto pelo IPC. Favorita ao ouro nesta sexta, a Ucrânia é tida como maior potência desse esporte ao lado da Rússia, banida da Rio 2016 devido a um escândalo de doping envolvendo todo o esporte russo. África e Ásia (à exceção do Oriente Médio) têm poucos praticantes. Nas Américas, o Brasil é dominante, com Argentina e Estados Unidos brigando pelo posto de segunda maior seleção.

Leandrinho finaliza em gol na partida contra a Ucrânia na 3ª rodada 
Foto: Cezar Loureiro/MPIX/CPB

Gerido internacionalmente pela CP-ISRA (Associação Desportiva e Recreativa Internacional de Paralisia Cerebral) e no Brasil pela Ande (Associação Nacional de Desporto para Deficientes), o futebol de 7 ainda tentará uma última cartada para estar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. O caminho é o mesmo seguido por surfe, skate, beisebol, escalada e caratê, incluídos num pacote de modalidades extras a serem disputadas na Olimpíada do mesmo ano. 

- Nossa ideia é incluir o futebol de 7 nos mesmos moldes das cinco modalidades incluídas na Olimpíada de Tóquio. Em novembro do ano passado, tentamos reverter a retirada numa reunião com o COI e com CP-ISRA, mas não tivemos êxito. Sabemos que é difícil mudar essa decisão, mas vamos continuar trabalhando até onde der - comentou o coordenador da seleção brasileira de futebol de 7, Hélio dos Santos. 

Em meio à crise política que vive a modalidade, o Brasil tenta juntar os cacos da humilhante derrota da semifinal para sair da Rio 2016 com o bronze. Virada a página da goleada sofrida para o Irã, a seleção espera vencer a Holanda e conquistar a sua terceira medalha paralímpica na modalidade - o país foi prata em Atenas 2004 e bronze em Sydney 2000. 

Jogadores do Brasil comemoram a vitória de 7 a 1 sobre a Irlanda 
Foto: Cezar Loureiro/MPIX/CPB

- Nesse momento, a melhor recuperação para a derrota da semifinal seria o bronze. A medalha é uma coisa mais importante numa Paralimpíada. São oito seleções e você chegar em terceiro lugar é bastante gratificante - concluiu o técnico Paulo Cabral.


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