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Um mês depois, gols e bom público ajudam a matar a saudade da Copa

© Getty Images

13/08/2014

Há um mês, o alemão Mario Götze marcava contra a Argentina o último dos 171 gols de uma Copa do Mundo da FIFA de recordes, grandes jogos e uma festa da torcida que encantou o planeta. Desde então, mudaram as equipes, outros jogadores entraram em campo, mas estádios do Mundial – que apresentaram ao Brasil uma nova maneira de receber e tratar os espectadores – continuam contando com boa presença de público e sendo palco de muitos gols.

No primeiro mês desde o fim da Copa do Mundo da FIFA 2014, os jogos do Campeonato Brasileiro realizados nos estádios que foram utilizados no Mundial receberam uma média de público acima do recorde histórico da competição. A média de gols nas partidas realizadas nas arenas da Copa está quase igual à do torneio, disputado nos mesmos gramados de qualidade. Nas arquibancadas, serviços como orientadores de público e agentes de segurança privada começam a transformar em realidade a palavra exaustivamente repetida durante os últimos anos: legado.

“Os torcedores querem apoiar seu time com tranquilidade, conforto, segurança e num estádio que torne possível um grande espetáculo. Esta foi uma Copa do Mundo organizada por brasileiros, em arenas construídas por brasileiros e com mais de 60% do público de brasileiros. O legado somos nós, que temos tudo para que esse grande momento seja mantido. Já estamos vendo isso acontecer, com as famílias de volta aos estádios”, afirma o CEO do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade.

Nos 39 jogos do Campeonato Brasileiro nos estádios da Copa até a 14ª rodada, encerrada no domingo 10 de agosto, a média de gols é de 2,66 por partida. A média de gols por jogo da Copa do Mundo da FIFA foi de 2,67. Nas partidas do Brasileiro 2014 disputadas em outros estádios, não utilizados no Mundial, a média cai para 1,93 por jogo. Das 16 partidas sem gols até agora na competição, somente uma aconteceu num estádio da Copa do Mundo.

“Eu não tenho dúvidas de que esses números se devem à qualidade dos gramados, num trabalho realizado pelos responsáveis pelas arenas em parceria com o COL e a FIFA para a Copa do Mundo. É um investimento que faz a diferença e deixa um resultado que todos estão vendo. A prova disso está não apenas nos gols, mas também no baixo número de lesões de jogadores na Copa”, afirma o gerente geral de Competição e Serviços às Equipes, Frederico Nantes.

Foram investidos mais de US$ 6 milhões no tratamento dos gramados e em equipamentos esportivos para as 12 arenas, os Campos Oficiais de Treinamento nas 12 sedes e os Centros de Treinamento de Seleções espalhados pelo Brasil. São mais de 80 locais de treinamento mapeados e que podem vir a ser utilizados também por equipes e seleções estrangeiras que desejem realizar pré-temporadas no Brasil.

Média de público maior do que o recorde do Campeonato Brasileiro
Desde o Alemanha 1 x 0 Argentina no dia 13 de julho no Maracanã, foram realizadas 34 partidas com presença de público em estádios da Copa do Mundo da FIFA, sendo 15 pelo Campeonato Brasileiro. A média de público nos estádios do Mundial em jogos do Brasileiro até agora é de 27.246 espectadores, bem acima da média de público da competição (14.109) e superior ao recorde do torneio, estabelecido no Brasileiro de 1983 (22.953).

Levando-se em conta todos os 34 jogos disputados nas arenas – incluindo Copa do Brasil, Recopa Sul-americana e Séries B, C e D –, o número também está acima da média do Campeonato Brasileiro 2014: 20.143. Essa média não inclui os jogos disputados na Arena da Baixada, onde o Atlético Paranaense tem mandado suas partidas com portões fechados cumprindo punição. Arena da Amazônia e Mané Garrincha ainda não tiveram jogos no primeiro mês após o Mundial. Na Arena Pantanal, em duas partidas, o Cuiabá levou uma média de 12.745 espectadores na Série C. Com isso, estaria em 8º lugar no ranking da Série A, à frente de outras 12 equipes.

Fonte: FIFA


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