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A história dos gaúchos em visitas guiadas ao Palácio Piratini

Palácio Piratini abre suas portas para imprensa internacional - Foto: Eduardo Seidl.

20/06/2014

Para mostrar aos turistas a importância dos gaúchos na consolidação da história da democracia brasileira, o Centro Aberto de Mídia (CAM) promove, nesta sexta-feira (20) e na próxima (27), visitas guiadas a um dos espaços mais bonitos, recheado de arte e cultura do Rio Grande do Sul: o Palácio Piratini. As visitas à sede do Governo do Estado serão das 14h às 18h, com guias em inglês e espanhol. Aos profissionais que necessitarem deslocamento, haverá um micro ônibus saindo do CAM, às 13h45min, da Usina do Gasômetro, sede do CAM.

Construído para abrigar o poder executivo, o prédio acabou tornando-se um dos principais pontos turísticos de Porto Alegre, uma das mais belas capitais-sedes da Copa 2014. Patrimônio cultural do Rio Grande do Sul e patrimônio histórico nacional, o espaço possui decoração requintada e é cercado de histórias. A beleza de sua estrutura começa pela arquitetura de influência neoclássica dominante.

Na fachada, destacam-se três esculturas de Paul Landowski, o criador da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. As estátuas simbolizam a agricultura, a indústria e a primavera.

No saguão principal, um tapete de 42 metros quadrados, datado de 1930, reveste uma suntuosa escadaria de mármore francês que dá acesso ao gabinete do governador aos salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini.

Influência francesa
Embora seu primeiro plano de construção tenha sido lançado em 1894, devido a mudanças de projetos arquitetônicos, o espaço nunca foi inaugurado oficialmente. No entanto, o governador gaúcho ocupa o prédio desde 1921. O projeto é do francês Maurice Grãs, que idealizou uma arquitetura de influência neoclássica, inspirado no Petit Trainon, de Versalhes.

Nos salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini, os lustres são réplicas dos lustres do Palácio de Versalhes, o que mostra a continuação da influência francesa. Murais do pintor italiano Aldo Locatelli ilustram episódios da história do Rio Grande do Sul, enquanto que parte do mobiliário foi fabricada por presidiários da antiga Casa de Correção de Porto Alegre. Soleiras e rodapés são esculpidos em mármore de Carrara.

Nos jardins há uma fonte com temas egípcios e uma escultura do Negrinho do Pastoreio, feita por Vasco Prado. Na área externa, encontra-se o Galpão Crioulo, onde os visitantes são recebidos com demonstrações da culinária e da cultura tradicional gaúchas.

Memorial da Legalidade
Para homenagear os 50 anos da Legalidade, foi construído, em setembro de 2011, o Memorial da Legalidade, nos porões do Palácio Piratini. O registro histórico foi idealizado no mesmo local de onde foram feitas as transmissões de rádio da Cadeia da Legalidade, em agosto de 1961, pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.

Dos porões do Piratini, o estadista comandou, através do microfone, o movimento que garantiu a posse de João Goulart à Presidência da República, na época vice de Jânio Quadros, que havia renunciado. Desde a sua inauguração, o espaço foi visitado por milhares de pessoas.



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