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MUDAR SEDE DAS COPAS DE 2018 E 2022? SECRETÁRIA-GERAL DIZ QUE NÃO HÁ BASE SÓLIDA PARA MUDANÇA

Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa (Foto: Getty Images)

01/07/2017

Por: Felipe Lobo

A publicação do Relatório Garcia colocou alguma pressão na Fifa. Mesmo sem provas concretas de compra de votos no processo de candidatura das Copas do Mundo de 2018 e 2022, o documento levantou suspeitas sobre o processo e a postura dos países candidatos. A secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, refutou a possibilidade de refazer a votação e escolher novas sedes para os dois Mundiais, apesar dos protestos de quem faz campanha anti-Fifa, como o New Fifa Now (“Nova Fifa agora”, uma organização que pede mudanças imediatas na entidade).

Segundo o New Fifa Now, refazer a votação pelas Copas de 2018 e 2022 “restauraria a confiança no modo como o futebol é administrado”. A ideia, porém, não passa pela cabeça da Fifa, segundo a secretária-geral da entidade, Fatma Samoura. “Não há base sólida para realmente questionar a adjudicação [validade] destas duas Copas do Mundo a Rússia e Catar”, afirmou a dirigente.

“Nós recebemos com boas-vindas a decisão de publicar o Relatório Garcia por uma questão de transparência”, disse Samoura, que estava no Fórum “Football for Hope”. O evento promove o desenvolvimento pela educação e saúde através do futebol. O evento aconteceu em Kazan, na Rússia, onde está sendo realizada a Copa das Confederações.

Perguntada sobre problemas com a conduta da candidatura inglesa, acusada de tentar trocar favores por votos na disputa por sediar a Copa de 2018, Samoura desconversou. “Eu estou focada apenas em futebol”, afirmou. “Como eu disse anteriormente, as sanções devem ser deixadas para responsabilidade do Comitê de Ética e não à administração da Fifa”, continuou.

Sobre o escândalo de doping na Rússia, Samoura confirmou que a Fifa está investigando um documento da Wada (Agência Mundial Antidoping, sigla em inglês). “Nós expressamos a nossa posição e estamos cooperando completamente”, afirmou Samoura. “Nós não podemos elaborar até que tenhamos as decisões finais do laboratório. Nós temos uma política de tolerância zero com doping. Nós temos a lista da Wada, mas não podemos revelar nomes”, explicou ainda a secretária-geral da Fifa.

Mudar a sede da Copa do Mundo de 2018, com menos de um ano para a realização, parece mesmo algo impossível, embora as suspeitas sobre a Rússia sejam grandes – não pela realização do evento, mas pelo processo de candidatura e as denúncias de trabalho escravo, por exemplo. Mas a Fifa deveria repensar a questão de 2022 o mais brevemente possível. Sabemos que não irá acontecer, porque nem com denúncias de trabalho escravo a Fifa agiu. As suspeitas levantadas no Relatório Garcia deveriam, no mínimo, criar uma investigação séria sobre a questão da candidatura de 2022. Mas isso nós também sabemos que dificilmente irá acontecer.

Fonte: Trivela

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