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Beira-Rio recebe 3ª edição do Lance de Craque



22/12/2018

Duas equipes jogaram, Solidadriedade e Esperança, mas o vencedor pouco importa. A edição 2016 do Lance de Craque marcou, além do reencontro do ídolo Andrés D’Alessandro com o Beira-Rio, um jogo de várias estrelas do futebol mundial. A renda da partida será destinada aos familiares das vítimas do voo da Chapecoense e também três entidades: Kinder – Centro de Integração da Criança Especial, PEAC – Projeto Evangélico Amigos de Cristo e a Sociedade Educação e Caridade Instituto São Benedito.

Antes de a bola rolar, D'Alessandro sacou o microfone para falar com o público presente. Além de agradacer a torcida e a presença dos jogadores, que deixaram as férias de lado para para se envolver nesta causa tão nobre, o gringo fez questão de homenagear as vítimas do voo da Chapecoense convidando o público a cantar "vamo, vamo, Chape". A torcida logo respondeu em alto e bom som, promovendo um momento emocionante no Beira-Rio.

Logo na sequência, foi a vez de Alan Ruschel ser ovacionado. O lateral, um dos poucos sobreviventes da tragédia na Colômbia, voltou a pisar em um gramado de futebol. Ao lado de D'Ale, Ruschel foi até o meio de campo para dar o pontapé inicial e recebeu o carinho da torcida, que o saldou de pé.

"Deus me deu uma segunda chance para poder viver. Espero honrar meus companheiros da melhor forma", afirmou Alan Ruschel emocionado após sair do campo.



O time Solidariedade foi a campo com a seguinte formação: Dida; Maidana, Zago, Adílson Batista; William, Magrão, Ruben Paz, Placente, D'Alessandro; Loco Abreu e Taison. No banco, o técnico era o argentino Carlos Bianchi, que tinha as seguintes opções: Clemer, Claudio Winck, Rodrigo Moledo, Léo Ortiz, Odair, César, Wendell Lira, Sandro Sotilli e Giancarlo Zago (filho de Antonio Carlos).

Já a equipe Esperança, treinada por Mano Menezes, iniciou o jogo com: Pato Abbondanzieri; Hernán Diaz, Juan, Ayala e Kléber; Dunga, Contreras, Cuca e Guilherme Biteco; Alario e Barcos. Os suplentes à disposição eram: Marcelo Grohe, Dario Rodriguez, Bolivar, Herbella, Dinho, Marcelo D'Alessandro, David Nalbandian, Rafael Sobis, Luis Mário e Francisco Ayala (filho de Ayala).

Com a bola rolando, não faltaram lances bonitos dos craques, mas a "pixotadas" também foram fartas, arrancando risadas da torcida e dos próprios jogadores. O primeiro gol foi marcado por Loco Abreu, para a equipe Solidariedade. E que gol! Depois de lançamento na medida de D'Alessandro, o centroavante matou no peito com categoria, aplicou um chapéu em Dida e concluiu de cabeça para o fundo das redes.

Após o gol de empate, marcado por Alario, um pênalti foi marcado para o Solidariedade. O desdobramento foi curioso. Na cobrança, Loco Abreu rolou para D'Alessandro, mas na hora da conclusão o gringo foi derrubado por Juan. Novo pênalti. Desta vez, o camisa 10 se encarregou da cobrança desde o início e converteu com categoria.



Ainda no primeiro tempo, teve tempo para Pato Abbondanzieri fazer grande defesa em pênalti batido por Hernán Diaz e de bonitas tabelas entre Taison e D'Alessandro. Teve ainda uma saída maluca de Dida, que saiu com a bola dominada e acabou levando um gol de Taison no contra ataque. O camisa 7 foi comemorar junto com a galera da arquibancada e indicou que seu lugar é no Gigante.

O segundo tempo iniciou com o placar de Solidariedade 4x3 Esperança. Mas não demorou muito para ser movimentado. Taison fez jogada linda pela direita, deixou Clemer deitado e cruzou para Loco Abreu marcar de peixinho. Pouco depois, o mito dos gramados gaúchos, Sandro Sotilli sofreu pênalti de Juan. Ele mesmo bateu e mandou a clássica comemoração: dançando a velha e boa bailanta.

O veterano Ruben Paz demonstrou estar em boa forma. Apesar dos 57 anos, o uruguaio aguentou bem até a metade do segundo tempo, quando finalmente foi substituído por Wendel Lira. Na saída de campo, o ídolo foi aplaudido de pé por todo o estádio. O jogo terminou com o placar de 6 a 5 para Solidariedade, mas isso é o menos importante. Depois do apito final, ainda houve um Show de Luzes especial, com nova homenagem às vítimas da tragédia na Colombia. "Vamo, vamo, Chapeee" era o que se ouvia no evento beneficente no Beira-Rio.





Fotos: Ricardo Duarte e Mariana Capra

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