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Rumo a 2018: Seleções tradicionais apostam em novos comandantes para a próxima Copa


24/07/2016

Após a Copa América Centenário e a Euro 2016, muitas seleções viram o fim do ciclo com seus treinadores. Alguns, muito campeões, outros, não deram certo. Analisamos as principais trocas recentes nos comandos das seleções e respondemos: quem ganha mais e quem perde mais?

Brasil

As constantes reformulações na param após o 7 a 1 sofrido na Copa do Mundo de 2014. A seleção pentacampeã do mundo teve, de maneira surpreendente, o retorno de Dunga ao comando da equipe. Ele já havia sido técnico de 2006 a 2010 e voltou após o fracasso no Mundial. Na segunda passagem, acumulou resultados ruins, incluindo duas eliminações precoces nas Copas América 2015 e 2016.

Com os resultados ruins Dunga acabou demitido. Depois de muito clamor nacional, Tite se tornou técnico da seleção. A missão do novo comandante não será nada fácil. O Brasil tem pela frente as eliminatórias para Copa do Mundo de 2018. São pelo menos sete equipes para quatro vagas diretas e mais uma extra, em que o quinto colocado terá que enfrentar um adversário da Oceania.

Argentina

Os últimos insucessos em finais – derrota na Copa do Mundo em 2014 e Copa América 2015 e 2016 – trouxeram consequências drásticas para os hermanos. De uma só vez viram seu maior astro, Messi, anunciar sua aposentadoria da seleção, e Tata Martino, comandante nos fracassos da equipe nas competições continentais, pedir o boné e sair da albiceleste.

O jogador ainda pode ser demovido de sua decisão, mas Tata, de fato, está fora. Para seu lugar, o nome que ganha mais força no momento é o de Edgardo Bauza, atual técnico do São Paulo.

Itália

Antonio Conte assumiu a equipe após o fracasso na Copa de 2014. O treinador multicampeão na Juventus não só conseguiu recolocar a seleção novamente entre as melhores da Europa, como praticamente “tirou leite de pedra”. Ele fez a azurra jogar um belo futebol, vencendo adversários como Espanha e Bégica, com jogadores medianos.

Foto: Divulgação

O treinador deixou a Itália para assumir o Chelsea. Para seu lugar foi contratado o experiente Gian Piero Ventura, de 68 anos. O técnico vem do Torino e nunca trabalhou em grandes equipes na carreira.

Espanha

Depois de conquistar a Eurocopa em 2008 – com Luis Aragonés no comando – e 2012, além da Copa do Mundo em 2010, a Fúria não voltou a brilhar. Perdeu a Copa das Confederações para o Brasil em uma final na qual acabou derrotada por 3 a 0. No Mundial do ano seguinte, amargou a eliminação ainda na primeira fase do torneio, com direito a uma goleada vexatória de 5 a 1 sofrida diante da Holanda. Na Euro desse ano, passou em segundo em seu grupo, mas sem empolgar. Nas oitavas, foi eliminada para Itália e viu a equipe rival dominar amplamente o jogo.

Após os recentes insucessos, o técnico Vicente del Bosque, comandante nas conquistas mais recentes, acabou deixando o cargo. Para seu lugar foi contratado Julen Lopetegui, ex-comandante do Porto.

Inglaterra

Já são muitos anos sem uma conquista ou, ainda, um bom resultado em competições importantes. A cada torneio a seleção inglesa acumula fracassos. O último aconteceu na Eurocopa 2016. O time que foi comandado por Roy Hodgson e já havia passado com certa dificuldade da fase de grupos. O English Team foi eliminado pela Islândia, país de pouca tradição no futebol.

A frustração na competição continental gerou a saída de Hodgson da seleção. Para seu lugar foi contratado Sam Allardyce, que tem como objetivo não só conduzir os ingleses para à próxima Copa, mas também alcançar ao menos uma boa colocação no torneio.

Bélgica

A tão falada e promissora equipe da Bélgica decepcionou nos últimos anos. Essa é considerada a melhor safra de jogadores de futebol da história do país, ficou conhecida como a “ótima geração belga”. Mas toda a expectativa criada ao seu redor não chegou aos gramados.

De Bruyne, Lukaku, Kompany e a estrela do time, Hazard, foram alguns dos nomes que passaram pelas mãos do técnico Marc Wilmots. Considerado o maior jogador belga de todos os tempos, Wilmots não conseguiu nenhum resultado de expressão com a seleção enquanto foi técnico. Como melhores feitos, chegou às quartas de final tanto na Copa do Mundo de 2010, quanto na Euro desse ano.

A Federação de Futebol Belga ainda não anunciou o substituto de Wilmots.

Rússia

Essa seleção entra na lista por ser o país sede do próximo Mundial, em 2018. A equipe que foi comanda durante três anos por Fábio Capello busca voltar a brilhar no mundo do futebol, pois a coisas por lá não andam nada bem.

Mesmo tendo que pagar uma multa rescisória de 20 milhões de euros (R$ 77 milhões), a RFU (União Russa de Futebol) decidiu demitir o italiano antes do fim de seu contrato, em julho do ano passado. Esse episódio deixou as contas da federação completamente arruinadas, com uma dívida total de quase 40 milhões de euros (R$ 154 milhões).

Em caráter emergencial, Leonid Slutsky acumulou as funções de treinador do CSKA Moscou e da seleção nacional. No início a mudança até deu resultado, mas na Eurocopa, a equipe fez uma péssima campanha: foi eliminada ainda na fase de grupos, sem vencer um jogo sequer.

Mesmo com a proximidade cada vez maior do Mundial, os russos seguem sem um comandante definido.

Quem ganha e quem perde

O ganho mais claro é da seleção brasileira. A diferença de nível – técnico, tático e intelectual – entre Tite e Dunga é absurda. O melhor comandante do Brasil nesta década chega à seleção com o apoio popular. Tite apresenta as credenciais necessárias para um bom trabalho. E, após a passagem de Dunga, não será tão difícil melhorar alguma coisa.

A perda mais significativa, por outro lado, é da Azzurra. A Itália perde um treinador que vai além do campo. Se Conte é muito bom taticamente, também tem uma ótima relação com o grupo e o carisma para lidar com a torcida. Apesar de experiente e do bom trabalho no Torino, Ventura não passa a mesma confiança do seu antecessor.

Boas opções no mercado

Dez treinadores sem emprego no momento, que seriam opções para as seleções que procuram técnicos:

Marcelo Bielsa; Tata Martino; Guus Hiddink; Manuel Pellegrini; Louis van Gaal; Roberto Martínez; Rudi Garcia; Joaquín Caparrós; David Moyes e Laurent Blanc.

Fonte: Guia da Bola


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