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PORTO ALEGRE: COMPROMETIMENTO DA POPULAÇÃO É ESSENCIAL NO COMBATE AO AEDES

Equipes da prefeitura realizam ação no bairro Vila Nova nesta quarta-feira
Foto: Betina Carcuchinski/PMPA
18/02/2016 

Cada um deve fazer a sua parte para controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Essa é a mensagem que as equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) repassam às comunidades diariamente. Nesta quarta-feira, 17, no bairro Vila Nova, a ação contou com o reforço especial de equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). O local já soma 13 casos autóctones de dengue, quando a doença é contraída na Capital.  O trabalho começou pela manhã, na rua João Salomoni, esquina com Jerolomo Minuzo, e continua até o fim da tarde, com o objetivo de reduzir a possibilidade de ampliação dos casos na região. (fotos)

O bloqueio das doenças transmitidas pelo Aedes depende de três etapas: identificação dos casos importados ou autóctones de pessoas doentes; controle do vetor na fase adulta, com pulverização de inseticida; e ações de saneamento ambiental e controle dos focos potenciais de larvas ou ovos do mosquito. “Nesse último ponto, o poder público e o cidadão devem trabalhar conjuntamente”, avalia o coordenador da equipe de Vigilância da Qualidade das Águas da Coordenadoria-geral de Vigilância em Saúde da SMS, Alex Elias Lamas.

A ação consiste na retirada de entulhos e lixo acumulado, conscientização junto aos moradores quanto à importância de não manter água parada nas residências e pátios, além da eliminação de criadouros. A dona de casa Graciela Vieira de Souza foi a primeira a receber as equipes da prefeitura. “Agora, as garrafas estão viradas para baixo, e o lixo foi retirado”, afirmou, justificando que não sabia como fazer o descarte do material. Do terreno, foram retirados vários pedaços de madeira, cadeira plástica e até um vaso sanitário. O recado da moradora é que cada um cuide do seu pátio e procure não guardar entulhos. 

O trabalho mais intensivo na Vila Nova teve início na última semana, a partir da notificação de novos casos autóctones de dengue, com a visita a moradias, identificação de criadouros e orientações à população pelos agentes de combate a endemias. “Nossa grande dificuldade está relacionada com pessoas que não aceitam o acesso do agente”, destaca a apoiadora institucional de Saúde Aline Reser, enfatizando que a grande maioria dos criadouros do mosquito está nas residências e pátios. “São pequenos detalhes que as pessoas precisam ter cuidado. No caso das plantas, não é apenas virar o pratinho da água, é necessário limpar com esponja e sabão”, ensina Aline.

Árvores - Uma descoberta inusitada foi feita durante a visita dos agentes: foram identificados caules de árvores com larvas de mosquito, por causa da água da chuva acumulada. “Percebemos que os casos de dengue têm aumentado rapidamente na região, e a população precisa se dar conta do papel essencial que tem”, diz. De acordo com Aline, além da remoção dos entulhos, o objetivo da ação desta quarta é identificar casos sintomáticos da doença.

A agente de combate a endemias Juliana Moreira relata que enfrenta algumas dificuldades durante as abordagens. “Muitos dizem que a culpa é da prefeitura, mas temos feito várias ações, como a aplicação de inseticida e o trabalho diário junto às comunidades", comenta. "Tivemos o caso de um morador que mantinha garrafas e balde cheios de água, com larvas e nuvens de mosquito. Se os recipientes estivessem virados de boca para baixo, isso não aconteceria. Numa área que tem apresentado vários casos de dengue, isso gera um grande problema", diz Juliana, e pede apoio: "Estamos tentando que os moradores abracem essa batalha contra o mosquito junto com a gente. Não adianta esperar a visita do agente para que ele vire a garrafa ou o balde. Isso tem que partir do morador".  

“Além da presença do poder público nesta ação, é importante a conscientização dos moradores para que eles atentem em não acumular água, que vai ser o potencial foco do mosquito”, lembra Lamas. A ideia é fazer uma intervenção especial, ver como estão a caixa d´água, o entorno do domicílio, vasos de plantas, garrafas vazias e principalmente o lixo. “A destinação correta de lixo é de responsabilidade de cada um”, destaca. 

A equipe da prefeitura que atua nesta quarta-feira, na Vila Nova, é composta de agentes de combate a endemias, fiscais da CGVS, apoiadoras institucionais de Saúde e equipes do DMLU. Além dos reservatórios de água potável (caixas d'água) e de pequenos recipientes que acumulam água (vasos, calhas, garrafas), o lixo destinado irregularmente está entre os grandes criadouros, já que acumula água da chuva ou na margem dos arroios urbanos.

Descarte correto - O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) conta com uma equipe de 15 garis acompanhando a ação, com caminhões e equipamento à disposição para a remoção dos resíduos. Para combater a criação de novos focos de lixo, é fundamental que a comunidade colabore, descartando os resíduos corretamente. Além dos serviços regulares de coleta, seletiva e domiciliar, a população também pode disponibilizar entulhos em uma das sete Unidades de Destino Certo (Ecopontos), localizadas estrategicamente na cidade. É possível entregar até 0,5 metro cúbico de material por pessoa a cada dia. Outra opção é utilizar os serviços de coletas pagas, Certa ou Eventual, que podem ser contratados pelo telefone 156.


Mais informações sobre o Aedes aegypti, a dengue, a febre Chikungunya  e o zika vírus estão disponíveis no site www.ondeestaoaedes.com.br.


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