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O Brasil e o grau de sofrimento até a Copa

21/10/2015

Por Oscar Valporto, Correio 24 Horas

As Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo da Rússia 2018 começaram como quase todos esperavam: com muito equilíbrio e sem vida mansa para os favoritos. A melhor largada foi do Chile que confirmou a boa fase dos campeões da Copa América com as vitórias com autoridade sobre o Brasil, em casa, e sobre os peruanos, em Lima. O Uruguai fez melhor do que o esperado para quem jogou as duas primeiras partidas sem suas maiores estrelas, Cavani e Suárez, e lidera pelo saldo de gols (fez cinco e não levou nenhum). Apesar de não ter mostrado novidades nem revelações, a Celeste certamente vai melhorar com a chegada da dupla de ataque.

O Equador - que divide a liderança com chilenos e equatorianos - surpreendeu ainda mais, com o triunfo sobre os argentinos em plena Buenos Aires. A seleção equatoriana ficou mais leve e mais rápida com o novo treinador, o argentino, naturalizado boliviano, Gustavo Quinteros. Já merece ter mais atenção dos rivais apesar de ainda ser cedo para dizer que o Equador vai ser mais um candidato à vaga na Rússia.

Entre os favoritos, a Colômbia sentiu muito a falta do craque James Rodriguez: em casa, bateu o Peru no embalo da torcida, mas levou sufoco, e tomou 3x0 do Uruguai, em Montevidéu. A Argentina conseguiu entrar em crise com dois jogos e nenhum gol. Tata Martino já está com a cabeça a prêmio e a expectativa de mais dois jogos sem Messi joga muita pressão sobre os argentinos. Agüero, lesionado na estreia, também deve ficar de fora das partidas de novembro contra Brasil e Colômbia.

As duas primeiras rodadas confirmaram que as seleções de Venezuela e Bolívia são muito fracas, com remotíssimas chances de classificação. O Paraguai, que está na frente do Brasil, mostrou o mesmo futebol sem brilho da Copa América: penou para ganhar da Venezuela e ficou preso na defesa contra a Argentina. O Peru, mesmo zerado após duas derrotas, me deixou impressão melhor: teve bons momentos contra a Colômbia e fez ótimo jogo contra o Chile quando perdeu por 4x3, com um jogador a menos desde o primeiro tempo.

E o Brasil? Os dois jogos foram pouco animadores. Depois da merecida derrota para o Chile, uma vitória sem brilho sobre a Venezuela. A Seleção foi favorecida pelas falhas do goleiro no primeiro gol e do zagueiro no terceiro. A defesa teve dificuldade em defender as bolas aéreas. Alisson ainda não é confiável. Thiago Silva faz falta apesar de Marquinhos ter feito bons jogos. No meio, gostaria de ver Oscar mais recuado, começando a armação no lugar de Elias, para a entrada de mais um meia com mais inspiração ofensiva - como Lucas Lima ou Phillipe Coutinho. Considero excessivas as críticas ao xará: Oscar tem talento acima da média e vaga na Seleção.

A volta de Neymar livra a Seleção de Douglas Costa, o jogador mais apagado nessas últimas partidas. Não tenho dúvida que o Brasil - como a Argentina - estará no Mundial da Rússia. Mas os dois próximos jogos - contra os argentinos em Buenos Aires e os peruanos aqui na Fonte Nova - vão ajudar a saber se vai ser com algum sofrimento ou com muito sofrimento.

A nova liga
Deve sair amanhã o calendário e o regulamento da primeira Copa Sul-Minas-Rio, organizada pela nova liga. Os 12 participantes estão definidos, com o torneio dividido em três grupos: Grupo 1 com Cruzeiro, Fluminense, Avaí, América-MG; Grêmio, Internacional, Atlético-PR, Chapecoense no Grupo 2; Atlético-MG, Flamengo, Figueirense e Coritiba no Grupo 3. São cinco datas e final prevista para 30 de março. Vamos torcer para dar certo porque significa mais poder e renda para os clubes.

Em busca do bi
Campeão olímpico de futebol em Londres 2012, derrotando a seleção brasileira, o México garantiu vaga para disputar o bi - de quebra, ainda conquistou o Pré-Olímpico da América do Norte e Central pela 7ª vez, derrotando na final Honduras, também classificada. Faltam 292 dias para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.


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