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Lateral do Chile dedica título da Copa América às vítimas da ditadura militar

Parte da arquibancada fica fechada durante os jogos em lembranças às vítimas 
(Foto: Thiago Correia / LANCE!Press)

07/07/2015

Antes do início da final da Copa América, conquistada neste sábado pelo Chile, em disputa de pênaltis contra a Argentina, um grupo de professores fazia protesto nos arredores do Estádio Nacional. Além de pedir pelos seus direitos, o que vem acontecendo deste antes do torneio, muitos lembravam da história do palco da decisão, que durante a ditadura de Augusto Pinochet foi centro de detenção e tortura, como foi contado em reportagem no LANCE!. Após o troféu, o lateral-esquerdo Beausejour lembrou do episódio.

- Estamos aos poucos dimensionando o que está acontecendo... Há poucos dias um professor me chamou e disse: "Espero que neste estádio, em que tanta gente sofreu e foi torturada vocês possam dar uma alegria" - disse o atacante improvisado depois da partida:

- Pensamos muito nisso e rezamos pensando nestas pessoas. Dedico esse título a essas pessoas.

Inaugurado em 1938 para ser a referência esportiva na capital chilena, o Estádio Nacional teve momentos de glória, como a conquista brasileira da Copa do Mundo de 1962. Mas o momento negro aconteceu na década de 1970, quando Augusto Pinochet implementou a ditadura militar. O local foi utilizado como campo de concentração e tortura, e muitas pessoas que estiveram lá naquela ocasião seguem desaparecidas até hoje.

Fonte: O Povo


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