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TIC brasileira vira modelo para Copas de 2018 e 2022

24/03/2015

Ao participar do seminário Gestão de Segurança, promovido pelo jornal EL PAÍS em parceria com a FGV Direito SP, da Fundação Getúlio Vargas, com patrocínio da NEC Brasil, realizado no último dia 18/03, na capital paulista,  o Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, Andrei Augusto Passos Rodrigues, assumiu que existe uma cobrança muito grande referente aos legados deixados pelos megaeventos no Brasil.

Segundo ele, nenhum país do mundo sediou tantos grandes eventos em um período tão curto como o Brasil – começou em 2007, com os Jogos Pan-Americanos e termina, em 2016, com os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. E para Rodrigues, um dos principais ganhos foi à formação e especialização de profissionais em Segurança. “Foram mais de 20 mil profissionais formados que passam a fazer parte de uma inteligência necessária para a área”, destacou o executivo.

O Centro de Comando e Controle – com sede em Brasília e unidades nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo – também foi considerado um legado determinante. “Toda essa infraestrutura que consumiu mais de R$ 1 bilhão em investimentos está sendo repassada para os Estados e Municípios. Mas o mais importante foi permitir uma integração – mesmo que ainda não sendo a esperada – entre as polícias civil e militar. Os órgãos, hoje, se falam e trabalham de forma mais articulada”, ponderou Andrei Rodrigues.

A Copa do Mundo também trouxe resultados positivos, na visão do especialista. Responsáveis pelo megaevento do futebol em 2018 e 2022, Rússia e Catar estão replicando o modelo brasileiro nas suas estratégias de segurança. “Os profissionais dos dois países passaram por treinamentos com a nossa equipe e estão incorporando medidas brasileiras à sua política”, reforçou o Secretário de Grandes Eventos.

Rodrigues admite que ainda há muito por fazer. A integração entre as polícias não é a ideal, a comunicação ainda peca entre as polícias, a unificação dos dados precisa ser aperfeiçoada, mas reforça que a TI está tendo um papel relevante para reduzir essas diferenças. “No Rio Grande do Sul foram instaladas mais de 1000 câmeras para vigilância em tempo real. Esses equipamentos são responsáveis pela prisão diária de seis detentos. Segurança é política de longo prazo”, completou.

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