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Rússia terá “grande desafio” em ações antirracismo para a Copa, alerta Fifa

Casos recentes de racismo na América do Sul mostram que o problema 
não se limita à Europa Foto: TASS

17/03/2015 

O racismo na Rússia, anfitriã da Copa do Mundo 2018, será um “grande desafio” diante do torneio, declarou o chefe de comitê antirracismo da Fifa, Jeffrey Webb. Ele exortou os clubes a resolver o problema “começando pelo vestiário”.

Jeffrey Webb, presidente da Força-tarefa contra o Racismo e Discriminação da Fifa, disse que as autoridades russas têm conhecimento do problema e estão comprometidas a lidar com a questão.

“Nós nos encontramos com o Ministro dos Esportes russo, Vitáli Mutko, que é membro do comitê executivo da Fifa, e ele disse: ‘Olha, é um desafio, é obviamente um problema’”, disse Webb.

Segundo ele, as atividades educacionais têm que estar no centro da iniciativa. “Você não nasce assim, é algo que você é ensinado, alguém te ensina a odiar ou a desenvolver uma determinada postura, temos que entrar nas comunidades.”

“Também é preciso olhar para a forma que os atletas profissionais no país abraçam suas comunidades. Quando você causa um impacto no clube, você causa impacto no estádio, na comunidade. Tem que começar com os treinadores, os jogadores no vestiário”, acrescentou.

Em outubro passado, o atacante brasileiro Hulk, do Zenit São Petersburgo, e o zagueiro francês Christopher Samba, do Dínamo Moscou, foram chamados de “macaco” por torcedores russos durante jogos do Campeonato Russo.

Violência racial
Casos recentes de racismo na América do Sul mostram que o problema não se limita à Europa. Segundo Webb, a Fifa está focando na criação de um sistema eficaz para reportar casos e aplicar sanções.

“Temos um departamento de responsabilidade social com oficiais dedicados à questão do racismo, identificamos jogos de alto risco e estamos agora realizando um processo de seleção de monitores da Fifa.”

Webb disse ainda que o fato de os clubes sancionados poderem levar suas objeções ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, indica que o processo precisava ser amadurecido.

“É aí que o treinamento dos oficiais é tão importante, para se certificar de que se você dirá a um clube ‘Vamos tirar pontos de você’ ou se for punir a equipe por consistentemente quebrar as regras e regulamentos no que diz respeito à luta contra o racismo, é preciso ter relatórios muito bem detalhados para sustentar a ação”, finalizou Webb.

Fonte: Gazeta Russa


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