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Exclusivo: Zé Roberto pede o “resgate da tradição da Seleção”

Crédito: Divulgação 

17/03/2015

Veterano fala do início no Verdão, da sua história na Seleção e não vê Brasil de Dunga dependente de Neymar

Foram 12 anos vestindo a amarelinha. Foram dois títulos de Copa das Confederações, dois títulos de Copa América e uma indicação ao time ideal de uma Copa do Mundo (2006). Aos 40 anos, Zé Roberto agora torce de longe pela Seleção Brasileira enquanto ainda surpreende os amantes do futebol com seu vigor físico e sua técnica - desde o início do ano a serviço do Palmeiras.

Em entrevista ao site oficial da Copa América/Goal Brasil, o experiente lateral/meia analisou o momento do time canarinho de forma otimista. Aprovou o retorno de Dunga, negou que a equipe seja dependente de Neymar e disse que o grupo atual tem totais condições de atender no Chile a seu pedido especial: “tentem resgatar a tradição da Seleção Brasileira e façam valer o peso da camisa amarelinha”.

Confira a entrevista exclusiva com Zé Roberto:

Como avalia seu início no Palmeiras? Qual é o segredo para seguir em alta aos 40 anos?
O segredo para seguir em alta aos 40 anos é se cuidar fora de campo e dar o máximo no dia a dia. Claro que tem o componente genético, mas estou onde estou também pela minha dedicação. Sobre o início no Palmeiras, estou muito feliz. Fui bem recebido por todos e, principalmente, pela torcida. Acredito que temos um elenco com potencial para conquistar coisas importantes.

O que esperar da Seleção Brasileira na Copa América Chile 2015? É uma grande chance de recuperar o prestígio após o fim trágico de Copa do Mundo?
O Brasil passa por uma fase de reformulação, tentando buscar o espaço que tinha antes, que era no topo do ranking e conquistando títulos. Isso não vem acontecendo há alguns anos, mas o Brasil não deixou de ser o que é: um país que sempre revela talentos e que tem muita tradição. Para voltar a ser temido, nada melhor do que dar o primeiro passo e ganhar uma Copa América.

Como viu o retorno do técnico Dunga à Seleção Brasileira e o começo de trabalho pós-Copa?
Vejo a seleção no caminho certo. É um trabalho bem recente do Dunga, mas que já está tendo resultados. Ele manteve alguns jogadores da última Copa e, ao mesmo tempo, promoveu uma reformulação. Vejo a equipe no caminho certo e com condições de fazer uma boa Copa América e Eliminatórias.

Você foi o destaque na Copa do Mundo de 2006, quando todos falavam do quarteto mágico (Ronaldinho, Kaká, Ronaldo e Adriano). Hoje vemos a Seleção muito dependente de um jogador – Neymar. Crê que isso pode atrapalhar?
Claro que o Neymar é um nome importante, hoje é um dos melhores do mundo, mas acho que a Seleção vem trabalhando bem em conjunto, com todos dando a sua contribuição. Não vejo uma dependência no Neymar.

Você marcou o último gol do Brasil na vitória por 3 a 1 sobre a Bolívia na final da Copa América de 1997. Lembra deste momento? Conte-nos mais sobre aquela competição e o desafio de jogar na altitude.
Sim, a minha grande lembrança da Copa América de 97 foi o gol na final. A principal dificuldade, sem sombra de dúvida, foi a altitude. Jogar lá foi muito difícil, afinal a Bolívia jogava em casa e se tratava de uma final. Passamos por muitos obstáculos para chegar àquele título.

Zé Roberto (camisa 17, abaixo à direita): campeão em 1997 (Crédito: Divulgação)

Você também foi titular na Copa de 1999 no Paraguai, quando o Brasil foi campeão deixando pelo caminho Argentina e Uruguai. Quais são suas lembranças daquela edição?
Foi um torneio difícil, Argentina e Uruguai tinham equipes boas. Mas estávamos bem encaixados também e acabamos levando a melhor. A dupla Ronaldo e Rivaldo estava em uma fase muito boa. Para mim, foi gratificante ser bicampeão de um torneio tão importante.

O que você espera da Copa América do Chile? Quem acredita que sejam os favoritos?
Acredito que, além do Brasil, os favoritos são o Chile, que vem de uma boa participação na última Copa e que jogará em casa, e os tradicionais Argentina e Uruguai, que sempre merecem respeito.

Como bicampeão da Copa América, que conselho/mensagem você mandaria para o grupo da Seleção que vai ao Chile em junho?
Meu conselho é que tentem resgatar a tradição da Seleção Brasileira e façam valer o peso da camisa amarelinha. Acredito que o trabalho está sendo bem feito e que o Brasil tem totais condições de fazer uma boa competição.

Fonte: Goal


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