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Ministro dos Esportes do Catar prevê Copa de 2022 como 'quase insuperável'



Salah bin Ghanim bin Nasser al-Ali afirma que Copa do Mundo do Catar 
será um evento difícil de ser superado - Foto: Divulgação
12/11/2014

Salah bin Ghanim vê o nome Catar como "uma marca vinculada com qualidade, com luxo" e diz que o país não prejudicará essa marca "organizando uma Copa que não seja bem-sucedida"

O ministro do Esporte do Catar, Salah bin Ghanim bin Nasser al-Ali, afirmou que a Copa do Mundo de 2022 será um acontecimento esportivo de tal excelência que o mesmo será "quase impossível" de ser superado por outro após a sua realização. O dirigente fez a previsão de sucesso em relação ao evento em entrevista exclusiva à agência Associated Press, na qual também prometeu, entre outras coisas, que o país irá implementar reformas trabalhistas nos próximos meses, visando o combate ao trabalho infantil ou considerado escravo na nação.

Salah bin Ghanim bin Nasser al-Ali ainda insistiu que o Catar não colocará em perigo as suas ambições esportivas e o Mundial com dinheiro que supostamente poderia ser financiado pelo terrorismo, problema tão presente no Oriente Médio. Já em relação à venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa e sobre como serão recebidos os torcedores homossexuais no Catar, o ministro não foi muito explícito, mas prometeu soluções "criativas" para estas questões que estão em conflito direto com a cultura árabe e suas leis.

Al-Ali não deixou dúvida de que o Catar quer organizar uma Copa, financiada principalmente com suas vastas riquezas petrolíferas e da exploração do gás natural, para deslumbrar o mundo. O ministro destaca que o Oriente Médio "precisa de algo como isso". "É uma esperança. Significa dar aos jovens da região um evento positivo que possa mudar muitas de suas esperanças e sonhos", ressaltou.

Ele vê hoje o nome Catar como "uma marca vinculada com qualidade, com luxo" e disse que o país não prejudicará essa marca "organizando uma Copa que não seja bem-sucedida". A confiança é tanta em um Mundial de sucesso no país árabe que Al-Ali disse que "Deus precisará ajudar o país que organizar o Mundial depois de nós". "Realmente acredito nisso. Verão que será algo quase impossível de superar", ressaltou, apesar da pouca tradição dos árabes no cenário do futebol mundial.

Já ao falar sobre as acusações de que o Catar apoia o grupo Estado Islâmico e outros extremistas, Al-Ali garantiu que não teria sentido que "um país que quer organizar a Copa e grandes eventos todos os anos" financie o terrorismo. "Isso é ridículo... Apoiar a qualquer grupo terrorista não faz nenhum bem. Somente vai te prejudicar algum dia", enfatizou.

Para reforçar que o Catar também irá combater de forma enérgica a exploração aos trabalhadores, após denúncias de que imigrantes estariam sendo usados com mão-de-obra infantil ou escrava, Al-Ali lembrou que seu próprio pai trabalhou quando tinha 12 anos de idade na indústria petroleira em "condições muitos duras" no que hoje "equivaleria a abuso infantil". "Compreendemos o problemas. Para nós é uma questão humana", disse o ministro, para depois assegurar: "Não somos vampiros. Temos emoções".

Dentro deste contexto, Al-Ali afirmou que as propostas para mudar as leis trabalhistas já foram enviadas ao gabinete do governo e serão aprovadas "nos próximos meses", depois que grupos defensores de direitos humanos documentaram maus-tratos a trabalhadores migrantes no Catar.


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