16/11/2014
O jurista de ética da Fifa Hans-Joachim Eckert minimizou as diferenças com o investigador Michael Garcia acerca das conclusões de um relatório sobre o processo de escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, dizendo que o parecer ainda não estava finalizado.
"Nós chegamos a uma etapa intermediária da investigação", afirmou o juiz alemão Eckert ao jornal Frankfurter Allgemeine neste sábado, dois dias depois de negar a reabertura do processo de escolha das sedes.
"Ele pode agora prosseguir com a investigação rumo ao relatório final", teria dito Eckert, segundo o jornal.
Entidade máxima do futebol mundial, a Fifa entrou em nova crise na quinta-feira quando Eckert disse que não havia fundamentação jurídica para reabrir a controversa investigação do processo que determinou a Rússia como país-sede da Copa do Mundo de 2018 e o Catar como sede do torneio de 2022.
A entidade e os países-sede enfrentam acusações de corrupção e pagamento de propina.
Três horas após a declaração de Eckert, o ex-promotor norte-americano Michael Garcia, que conduziu a investigação durante 18 meses, disse que as 42 páginas do parecer de Eckert deturpam seu relatório de 430 páginas e garantiu que vai levar o caso para o comitê de apelação da Fifa.
A Fifa, que já confirmou o recurso de Garcia, tem enfrentado enorme pressão para publicar o relatório completo.
Os dirigentes do Catar, que têm repetidas vezes negado as acusações, também têm sofrido críticas pelo tratamento que o país oferece a trabalhadores imigrantes na indústria da construção.
Eckert disse à Reuters em Munique no início da semana que estava surpreso com a reação de Garcia.
"Normalmente você conversa com a outra pessoa internamente se você não aprova algo", disse ele, acrescentando que não teve como entrar em contato com Garcia.
"Pode ter sido tudo um grande mal entendido", sugeriu o jurista.
Fonte: BOL
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