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Grupo de médicos no WhatsApp é um dos legados da Copa do Mundo

11/08/2014

Após troca de experiências nos 64 jogos, serviço será mantido e ampliado.
Profissionais destacam atendimento a Neymar e desabamento em BH.

Com milhões de usuários pelo mundo, o mensageiro WhatsApp é um dos legados da Copa do Mundo após se transformar em uma nova ferramenta de trabalho de médicos da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (Sbait). Durante os 64 jogos, os associados do grupo de medicina trocaram informações de atendimentos em dois grupos nas cidades sedes, mas as experiências serão mantidas para possíveis urgências de grandes proporções.

“O grupo é formado por profissionais experientes em atendimentos de traumas e casos graves. Hoje somos médicos de 73 cidades do país, mas podemos aumentar”, explica o presidente da Sbait, Gustavo Fraga, médico que coordena ainda a Disciplina Cirurgia do Trauma na Universidade Estadual de Campinas(Unicamp). Campinas não sediou jogos da Copa, mas recebeu as seleções de Portugal e da Nigéria. A Costa do Marfim ficou em Águas de Lindóia (SP). Campinas foi a cidade que teve hospitais e clínicas credenciadas para receber atletas.  Os jogadores marfinenses Boka e Ya Konan precisaram de ressonâncias magnéticas no Centro Médico, um dos hospitais credenciados pela Fifa.

Criação do grupo

O grupo foi criado pensando em possíveis casos de acidentes com turistas, ações terroristas e conflitos entre ativistas e forças públicas como os ocorridos na Copa das Confederações, evento teste realizado em estádios da Copa em 2013. Entre os meses de fevereiro e maio ocorreram treinamentos com teleconferências.

No mundial, os médicos trocaram fotos e informações sigilosas para atender melhor e mais rápido os pacientes. Os destaques foram à lesão do atacante Neymar Junior no jogo contra a Colômbia e o desabamento do viaduto em Belo Horizonte (MG).

Trabalho de demolição parcial do viaduto que caiu
(Foto: Denilton Dias/O Tempo/Estadão Conteúdo)
Profissionais que trabalharam no Órgão de Ligação da Saúde para Casa Civil da Presidência da República (Olig), no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), disseram que este tipo de aplicativo funciona bem quando há um moderador ativo.”Com isso conseguimos também ajuda mais rápido e otimizamos recursos”, ressalta Gustavo Fraga.

Médicos que tiverem interesse em participar do grupo devem procurar o Sbait, mas é necessário ter experiência em atendimento de traumas, uma das maiores causas de morte no Brasil como acidentes de trânsito e homicídios.

Fonte: G1


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