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Mais de 30 mil pessoas acompanham a Fan Fest em Porto Alegre

Fan Fest - Argentina vs. Nigéria - Foto: Anselmo Cunha/PMPA

25/06/2014 

Nem parece que Porto Alegre e Buenos Aires são cidades distantes 1,3 mil quilômetros uma da outra. Nesta quarta-feira, 25, um pedaço da Argentina estava dentro da Fan Fest, por onde circularam 32 mil pessoas, a maioria argentinos. Do lado de fora do Anfiteatro Pôr-do-Sol, cerca de 10 mil pessoas acompanharam a vitória de Messi e companhia sobre a seleção da Nigéria pelo telão instalado na orla do Guaíba.

Com seus cantos e suas faixas características, a torcida começou cedo a movimentação. Para receber os torcedores, o evento abriu uma hora mais cedo, às 10h. Vindo da cidade de Santa Fé, Andres Boschetto não tinha ingresso para o jogo, mas decidiu vir para o Brasil mesmo assim. “Estou com meu filho, com um amigo e com o filho dele. Eles vão para o estádio, eu vou assistir aqui”, afirma o comerciante de 53 anos. Para ele, o clima de festa é tão bonito que pouco importa ter ingresso.

Diogo Arquior estava com a esposa e com seus três filhos pequenos. Todos com a camisa da seleção argentina. A família está hospedada em Gramado e veio à capital para acompanhar o jogo na Fan Fest. “O espetáculo é lindíssimo e o ambiente é seguro”, destacou enquanto a esposa brincava com as crianças antes da bola rolar.

No palco, a recepção aos visitantes foi calorosa. Shana Muller, Neto Fagundes e o violonista Filipe Barreto conversaram com o público e tocaram ritmos como chamamé, chacarera, milonga e o tradicional tango portenho. “Foi maravilho, todos cantaram conosco, em um momento de paz e alegria. E esse era o objetivo dessa recepção”, contou a artista. Shana ainda ressaltou a proximidade cultural entre gaúchos e vizinhos como uruguaios e argentinos. “Estou achando maravilho sair na rua e perceber as pessoas falando em outras línguas. Vai ficar um legado de conhecimento para todos, além de projetar o Rio Grande do Sul ainda mais”, concluiu.

Verde e Branco – Mesmo não conseguindo a vitória, a tarde foi alegre para os nigerianos. A seleção passou de fase em segundo lugar no grupo e deu muito trabalho para uma das favoritas ao título, chegando a marcar duas vezes.

Falasha de Oqunlade, de 27 anos, estava otimista antes do jogo. Projetava a vitória que acabou não acontecendo. Mas nem por isso se mostrou triste. “Estou aproveitando muito, conhecendo pessoas de outros países, gosto muito do tradicionalismo dos gaúchos”, enfatizou a nigeriana que visita o Brasil pela segunda vez.

Brasileiros – Não era tarefa fácil achar um brasileiro em meio ao mar azul e branco na Fan Fest desta quarta-feira. Alguns, com camisas de Grêmio e Internacional, confraternizavam e falavam das similaridades na maneira de jogar futebol. Porém, nem todo brasileiro queria uma vitória da Argentina.

O corretor Ernani Noal caminhava com sua esposa e sua filha antes do jogo. A família é de Santa Rosa, mas possui residência na capital. “Parece dia de Gre-Nal, mas sem nenhum conflito”, elogia. Os três revelaram torcer para o time que consideram mais fraco, a Nigéria. “Pela rivalidade também. Espero que seja 3 a zero para a seleção africana”, arriscou a dentista Fernanda Noal, em tom de brincadeira, antes do jogo. Filha de Ernani e vestindo a camisa do colorado, teve de admitir, contudo, ser o argentino D’Alessandro seu grande ídolo.

Atração nacional - Escalada para encerrar dia mais argentino de Fan Fest, os baianos da Banda Eva animaram o público do Anfiteatro Pôr-do-Sol. "A energia e alegria continuam as mesmas, trouxemos um pedaço da Bahia para cá", diz o novo vocalista da banda, Felipe Pezzoni. É a primeira vez da nova formação em Porto Alegre. "É maravilhoso tocar em aqui, o único problema é o frio que não estamos acostumados", brinca o músico. 

Saúde - Apesar da multidão de mais de 30 mil torcedores na Fan Fest e arredores, a movimentação na Unidade de Pronto Atendimento da Secretaria Municipal de Saúde não registrou nenhum caso grave. Até às 20h, foram contabilizados 42 atendimentos, sendo apenas sete de traumas leves (torções e pequenas contusões) e o restante de casos clínicos, com muita incidência de dores de cabeça, náuseas, dores musculares e outros, além de apenas dois registros de embriaguez. Uma torcedora brasileira que sofreu uma torção no joelho foi a única pessoa removida para o Hospital de Pronto Socorro em uma ambulância do SAMU. Um total de 25 cinco turistas argentinos foram atendidos.





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