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Setor de carnes alinha estratégias sanitárias para Copa 2014

02/05/2014

A preocupação dos empresários é a entrada de 500 mil estrangeiros

Líderes do setor brasileiro de carnes se reuniram nesta semana em Florianópolis (SC) para alinhar as estratégias de proteção sanitária no período de Copa do Mundo, segundo informações de Diário Catarinense. A preocupação dos empresários é que a entrada de 500 mil estrangeiros no Brasil, segundo projeção da Embratur, seja veículo de transmissão de doenças tais como a diarreia suína epidêmica e a influenza aviária. A médica veterinária da Aurora Alimentos, Eliana Renuncio Bonadese apontou que os humanos não correm o risco de contaminação. O contato com os vírus que dizimam rebanhos afetaria a indústria de aves, suínos e bovinos somente. "Seria uma catástrofe se um vírus como o da diarreia epidêmica ou o da influenza aviária, que arrasou rebanhos no México, chegassem até o Brasil e especialmente em Santa Catarina", disse. "O Estado é livre de doenças graves sem vacinação. Só conseguimos exportar para o Japão hoje porque temos este status".

O vírus que causa a diarreia suína epidêmica foi identificado em maio de 2013 nos Estados Unidos e já matou mais de 5 milhões de animais no país, que é o segundo produtor de suínos do mundo, atrás do Brasil. Além da influenza aviária, na Ásia e México, a veterinária citou a peste suína clássica e a africana, no Leste Europeu e Ásia. De acordo com Eliana, turistas destas regiões podem trazer o vírus no corpo, roupas ou pertences e transmiti-lo aos animais, caso visitem sítios produtivos ou fábricas de ração e medicamentos. Outro meio de contaminação é se os estrangeiros trouxerem cortes de carne com o vírus. Os restos jogados no lixo podem ser consumidos por pássaros, ratos e outros vetores, que ao entrarem em contato com a ração dos animais ou os próprios rebanhos, transmitem o vírus. O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, afirmou que a doença que mais preocupa o setor hoje é a diarreia epidêmica suína, pelo alto índice de mortalidade dos animais. "Nossa sugestão é que o Ministério exija uma declaração dos turistas que vivem em fazendas e que faça uma fiscalização mais rígida de produtos de origem animal que passarem pelo aeroporto. Também, que disponibilizem lixeiras nos aeroportos para que os produtos proibidos sejam descartados e incinerado", disse.

Fonte: Carnetec


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