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Espetáculo 'Os Protagonistas' marca o retorno do Gigante

Gigante da Beira-Rio foi reinaugurado em noite memorável - Fonte: Divulgação / Inter

06/04/2014

Uma noite para jamais ser esquecida pelos colorados. Aliás, não houve quem não saiu emocionado do Estádio Beira-Rio neste sábado (5/4). O espetáculo 'Os Protagonistas' foi apresentado para um Gigante completamente lotado, que agora retorna de uma vez por todas para os braços da nação vermelha. Após dois anos, a casa dos colorados está oficialmente reinaugurada.


Produção à altura do Gigante

A Festa Gigante foi uma realização em parceria do Internacional com a Engage Eventos e Histórias Incríveis. O evento transformou a casa colorada em um verdadeiro espetáculo multimídia a céu aberto, lembrando partidas que o time disputou, os gols e os títulos ganharam ares de guerras. Os textos de início das décadas foram especialmente escritos por Luis Fernando Verissimo, Martha Medeiros, Luis Augusto Fischer e Frank Jorge – que contextualizaram o que aconteceu no mundo, no país, em Porto Alegre, enquanto o Internacional construía sua história vitoriosa. O roteiro final teve assinatura de Valéria Chalegre, Luis Augusto Fischer, Leo Garcia e o próprio diretor, Edson Erdmann.

Para construir esse imenso espetáculo foi produzido o equivalente a três filmes de longa-metragem em computação gráfica e gravações. As imagens foram projetadas durante o show no campo, em um cilindro suspenso no meio do estádio e em toda a cobertura, em um formato inédito no país. Para isso foram utilizados 64 projetores, que produzem energia capaz de iluminar uma cidade de 100 mil habitantes. Tudo isso é resultado de um trabalho de quase um ano de dedicação colorada.

Espetáculo envolveu mais de mil pessoas em seu elenco - Fonte: Divulgação / Inter

Gigante também foi o elenco com cerca de 1.500 pessoas em cena, entre atores, figurantes, orquestra, bandas, atrações musicais e bailarinos. Ao todo, foram mais de 3 mil figurinos e 4.800 disparos de fogos sincronizados. O Coral Gigante foi formado especialmente para o espetáculo e conta com 200 vozes e orquestra completa formada por 100 músicos.

Elenco de peso

Entre o elenco protagonista estiveram os ídolos colorados de todos os tempos como Fernandão, Figueroa, Paulo Roberto Falcão, D’Alessandro, Adriano Gabiru, Alex, Benitez, Célio Silva, Chico Spina, Claudiomiro, Clemer, Dario, Fabiano Eller, Falcão, Figueroa, Iarley, Índio, Manga, Pinga e Valdomiro. Alguns fizeram parte dos musicais, e todos gravaram depoimentos exclusivos para o espetáculo, com histórias e bastidores das conquistas coloradas, que foram reproduzidos por modernos projetores em um cilindro suspenso sobre o campo.

Encorparam o brilho de estrelas os artistas gaúchos Marcio Kieling, Zé Adão Barbosa, André Damasceno, Rogério Beretta e a atriz colorada Julia Lemmertz, com a narração dos textos das décadas. Também participaram os músicos do Papas da Língua, Kleiton e Kledir, Cachorro Grande, Nenhum de Nós, Duca Leindecker e Hermes Aquino.

Aquecendo o mar vermelho

Antes de começar o espetáculo, era necessário preparar o coração. A banda Blitz deu o pontapé inicial. Clássicos como "Você não soube me amar" e muitos outros deram o aperitivo do que estaria por vir. Na sequência, três ícones colorados entraram juntos em cena para levantar a galera: Figueroa, Fernandão e D'Alessandro. A cena foi surreal e o público, lógico, foi ao delírio.

Uma viagem no tempo

O espetáculo contou a história e a trajetória do templo colorado. A narrativa concentrou-se na história dos 45 anos do Beira-Rio, contado por décadas, em seis atos: Prólogo, anos 70, anos 80, anos 90, anos 2000 e Epílogo. 

Prólogo

Na década de 1960, o cenário foi o terreno totalmente imerso onde se ergueu o estádio Gigante da Beira-Rio. Foram 1100 pessoas participando deste musical. Os colorados vão reviveram imagens e cenas da inauguração do estádio, em 1969, e comemoraram o primeiro gol, protagonizado pelo Claudiomiro.

Anos 70

A década em que além de oito vezes campeão gaúcho, o único da história, o Internacional apresentou o futebol do Estado ao país. Foram três Campeonatos Brasileiros. Tudo foi contado pelos grandes craques da época, como Falcão, Figueroa, Valdomiro, Caçapava, Jair e muitos outros.

Eterno ídolo Falcão recebeu homenagem especial - Fonte: Divulgação / Inter

Os maiores gênios da história pintaram suas obras e juntos ao som da Nona Sinfonia de Beethoven, criaram uma pintura – o gol mais lindo da história do Beira-Rio. Uma época em que os jogadores afirmavam que o time jogava por música, na década disco, nada melhor que montar uma discoteca no gramado para comemorar.

Anos 80

Com humor, os anos 1980 ficaram marcados pelo quase. Para representar as vezes em que a bola bateu na trave, o gramado do Beira-Rio se transformou em um grande bar. Músicas de sucesso e presenças ilustres como Ruben Paz, Cléo e André Luiz, contaram a conquista da Joan Gamper e o inesquecível Gre-Nal do Século, nas palavras de Nilson.

Anos 90

Foram anos difíceis, de muito questionamento no Beira-Rio. Mesmo assim, além de quatro Campeonatos Gaúchos, o Inter conquistou a Copa do Brasil de 1992. Aquele pênalti foi o lance mais comemorado pelos colorados em toda a década e sobre ele recaiu muita expectativa, medo, e, depois, é claro, muita alegria. Também foi lembrado o histórico Gre-Nal dos 5 a 2, levando Fabiano às lágrimas quando contou cada detalhe. Um momento para reviver com orgulho e de encontrar forças para a década mais vitoriosa que estava se aproximando.

Anos 2000

Do título Brasileiro, perdido em 2005, até a explosão do Mundial. A década do início do novo milênio relembrou os colorados as grandes batalhas e os títulos de campeões. O exército colorado contra os exércitos de outros brasileiros e sul-americanos. Uma cena homérica transformou o gramado em uma grande batalha em meio a uma explosões de efeitos especiais. No final, os colorados encontraram os verdadeiros guerreiros: Fernandão, Iarley, Gabiru, Índio, Alex, Ceará e companhia.

Turma do Mundial de 2006 foi uma das atrações - Fonte: Divulgação / Inter

Ainda, o musical “Mundo Vermelho em 13 segundos” – do chute do Índio na zaga até a bola na rede com o gol de Adriano Gabiru, foram 13 segundos. Neste momento toda a história do Clube e todos os grandes ídolos ajudaram os campeões mundiais a vencerem o Barcelona, em um instante mágico.

Epílogo

No momento oficial da reinauguração do estádio, o gramado transformou-se numa imensa bandeira alvirrubra do Sport Club Internacional. A Cápsula do Tempo será apresentada, é possível os torcedores colocarem suas memórias coloradas – em forma de carta, bilhetes e fotos. Ela será enterrada e só será aberta daqui 45 anos.

Fatboy Slim fecha com chave de ouro

Dj da Inglaterra encerrou a noite agitando a galera - Fonte: Divulgação / Inter

Para transformar a Festa Gigante na maior festa do mundo, o Dj inglês, Fatboy Slim, encerrou em alto astral o espetáculo. O público simplesmente foi ao delírio, fechando com chave de ouro uma noite inesquecível para os colorados.



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