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Setor de gastronomia se prepara para a Copa do Mundo 2014

Empreendimentos da Capital devem investir na qualificação para conquistar turistas

Adriana Lampert

A Copa do Mundo de 2014 pode levar o selo "verde" a estabelecimentos de alimentação, seguindo o conceito de sustentabilidade em voga no mundo todo. Bares, restaurantes e outros estabelecimentos ligados à gastronomia na Capital podem ser fornecedores da Fifa durante o evento. Empresas do setor de alimentação fora do lar podem se tornar pontos turísticos, com cardápios diferenciados, mídias eletrônicas projetando os jogos ao vivo, em 3D, e funcionários muito bem treinados vão oferecer apoio aos visitantes de outros países que escolherem Porto Alegre para assistir aos jogos do Mundial. Essas hipóteses podem, ou não, se consolidar. Tudo depende da iniciativa dos empreendedores locais, que, se começarem logo a pensar em alternativas para 2014, têm boas chances de crescer com essas oportunidades e, de quebra, ajudar a divulgar a Capital gaúcha para o restante do planeta.

Com este enfoque, a técnica Amanda Paim, gestora do projeto Sebrae na Copa, palestrou na quinta-feira durante o 3º Seminário de Gestão para Gatronomia, promovido na sede da entidade, em Porto Alegre. Ela traçou perspectivas possíveis para o setor para os próximos quatro anos, apresentou os cursos que o Sebrae deverá oferecer para capacitação e qualificação de profissionais da área, e salientou que "será necessário escolher o caminho a seguir: vender uma vez só, ou continuar vendendo".

Amanda se refere ao fato de que o turista que desembarcar no Brasil para assistir aos jogos da Copa tem um perfil diferenciado e não vem para passear - seu foco será o futebol. "Aplicar preços altos será um erro", garante a técnica, lembrando que, na prática, será o tradicional "boca a boca" que irá divulgar a imagem do País no futuro. "Estes turistas que vêm assistir aos jogos podem voltar em outro momento com as famílias. Mas não voltarão se saírem daqui com a ideia de que tudo é muito caro", sinaliza, destacando que o perfil dos visitantes da África no período da Copa 2010 foi, na maioria, de homens jovens e solteiros. "Será necessário entender o que este tipo de turista quer. Esse será o momento para vender para quem não conhece o Brasil, para que saia daqui recomendando a visita aos amigos", sugeriu ao grupo de empresários na plateia.

De acordo com Fernanda Etchepare, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Estado (Abrasel/RS), em todo o Brasil existem 1 milhão de empresas de alimentação fora do lar, envolvendo 6 milhões de pessoas. "A maioria desses estabelecimentos é de micro e pequenas empresas. E é muito difícil trabalhar sozinho. É preciso buscar parcerias para qualificar estes profissionais, principalmente a mão de obra que irá atender aos turistas em 2014", diz.

Fonte: Jornal do Comércio

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